“A mensagem que vamos passando e que queremos continuar a passar é aquela em que as pessoas percebam que tem de haver um bom senso e tem de haver um equilíbrio”, disse António Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica em Portugal.
O secretário de Estado elogiou ainda o comportamento dos portugueses durante a pandemia, sublinhando que o respeito pelas normas de segurança deve continuar a ser preponderante nesta fase.
“Continuamos a ter o nosso dever de contenção”, justificou, apelando ao equilíbrio.
O Governo aprovou na sexta-feira novas medidas para a terceira semana em situação de calamidade devido à pandemia.
As novas medidas preveem, entre outras, a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.
A investigadora Cristina Ponte disse à Lusa que o início da nova fase de desconfinamento ficou marcada por uma mensagem contraditória, com o apelo "Fique em Casa" a permanecer na rádio e nas autoestradas enquanto os restaurantes abriam portas.
"Ainda está muito contraditório, há uma mensagem um pouco confusa e isto causa alguma hesitação nas pessoas", sublinhou a professora catedrática, do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa, defendendo também um discurso de equilíbrio.
Portugal contabiliza 1.231 mortos associados à COVID-19 em 29.209 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 13 mortos (+1,1%) e mais 173 casos de infeção (+0,6%).
O país entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à COVID-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
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