Em comunicado divulgado na página de Facebook da instituição, a direção da Casa do Povo informa que, depois de ter tomado conhecimento de que, no dia 28 de janeiro, alguns dos seus funcionários organizaram um convívio para celebrar o tradicional “Dia das Amigas”, instaurou “um processo de inquérito prévio, tendo em vista o apuramento da responsabilidade dos envolvidos, bem como as consequências disciplinares decorrentes da conduta dos trabalhadores em causa”.
A celebração desrespeita as regras de contingência em vigor, devido à pandemia de covid-19, pelo que a Casa do Povo “manifesta publicamente o seu repúdio” a uma ação que colocou “em perigo a vida dos 39 utentes idosos do lar”.
Em fotografias publicadas pelas funcionárias na rede social Facebook, era possível ver que os “funcionários envolvidos não respeitaram o distanciamento social, não utilizaram máscaras e ingeriram bebidas alcoólicas”, descreve a entidade, sublinhando que estes comportamentos são contrários às “regras de que eram conhecedores”, nomeadamente, o Plano de Contingência daquela estrutura residencial.
A direção sublinha que “as trabalhadoras envolvidas constituem uma escassa minoria que não coloca em crise o espírito abnegado dos restantes trabalhadores da instituição – quase uma centena – que diariamente se sacrificam, quer pelos utentes idosos, quer pelas crianças que fazem parte das valências da Casa do Povo de Rabo de Peixe”.
Atualmente com 174 casos ativos de covid-19, a freguesia de Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, é a que mais cuidados inspira no combate à pandemia nos Açores.
É a única freguesia que se mantém com cerca sanitária no arquipélago, uma medida implementada em 15 de janeiro, altura em que a mesma contingência foi aplicada também à freguesia de Ponta Garça, em Vila Franca do Campo.
A cerca sanitária a Ponta Garça foi levantada em 22 de janeiro.
Nos Açores, as ilhas de São Miguel e Terceira são as únicas onde há transmissão comunitária do novo coronavírus.
São Miguel é a ilha com mais casos ativos de covid-19, sendo que os concelhos da Ribeira Grande e Vila Franca do Campo são, atualmente, os únicos do arquipélago com alto risco de transmissão da doença.
Existem presentemente 426 casos ativos na região, dos quais 346 são em São Miguel, 56 na Terceira, 18 no Faial, quatro no Pico, um nas Flores e um no Corvo.
Desde o início da pandemia, foram detetados nos Açores 3.647 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se 26 óbitos e 3.060 recuperações.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.227.605 mortos resultantes de mais de 102,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 12.757 pessoas dos 726.321 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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