Os dois grupos, que afirmam que a vacina que estão a desenvolver poderia ser autorizada já na primeira metade de 2021, informaram em comunicado que "estão em curso conversações ativas com a Comissão Europeia, com França e Itália na equipa de negociação, e com outros governos, para garantir o acesso global".
Apesar de reconhecer que "não há garantia" de que se encontre uma vacina contra o novo coronavírus, o ministro para os Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido, Alok Sharma, citado no comunicado, defendeu que "é importante" garantir "acesso rápido a uma vasta gama de promissores candidatos a vacinas".
Este é o quarto acordo deste tipo garantido pelo Reino Unido, após acordos semelhantes com a AstraZeneca, Valneva e BioNTech/Pfizer. O país assegurou já um total de 250 milhões de doses.
A Sanofi e a GSK preveem iniciar a primeira fase do estudo em setembro, com a conclusão estimada até ao final de 2020.
Noutras partes do mundo, outras vacinas candidatas estão em fases mais avançadas, mas apenas quatro fórmulas estão na última fase, com a eficácia a ser medida em grande escala.
Governos de todo o mundo embarcaram numa corrida frenética para assegurar o fornecimento de vacinas, com enormes riscos financeiros e tensões políticas.
O Governo dos Estados Unidos encomendou inicialmente "100 milhões de doses por 1,95 mil milhões de dólares [1,66 mil milhões de euros] e poderia adquirir até 500 milhões de doses adicionais" do produto desenvolvido pela empresa de biotecnologia alemã Biontech e pelo laboratório norte-americano Pfizer.
A empresa Sanofi já tinha causado controvérsia quando, em maio, referiu a possibilidade de reservar as primeiras doses de uma possível vacina para os Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 654 mil mortos e infetou mais de 16,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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