Segundo o ministro da Saúde iraniano, Said Namaki, o Governo emitiu a autorização para a vacina, cujas duas doses começarão a ser administradas no quadro da campanha de vacinação nacional “a partir da próxima semana”.
Namaki explicou que foi dada “luz verde” depois de concluídas as duas primeiras fases dos ensaios clínicos, face aos “bons resultados” obtidos e após ter decorrido “um tempo de prudência” desde o início da terceira.
Coviran Barekat, do tipo de vírus inativo e desenvolvido pela agência estatal Execução da Ordem, do imã Khomeini, começou o estudo da terceira fase em 25 de abril, com 20.000 voluntários.
Os investigadores asseguram que a vacina provoca efeitos secundários escassos e leves e que atua contra as diferentes variantes do novo coronavírus, embora não tenham revelado a percentagem da eficácia.
Com a utilização na campanha de imunização nacional, o Irão pretende acelerar uma vacinação que tem estado a avançar lentamente devido à escassez de vacinas recebidas, principalmente a russa Sputnik V, a chinesa Sinopharm e a anglo-sueca AstraZeneca.
O Irão tem várias vacinas candidatas e, além da Coviran Barekat, outras duas estão em processo de testes clínicos, embora menos avançadas: Razi Cov Pars e Fajra.
As autoridades farmacêuticas iranianas estão também a colaborar com cientistas de Cuba no desenvolvimento da vacina cubana Soberana 02, cujo estudo da terceira fase está a ser desenvolvido simultaneamente nos dois países.
Segundo o ministro da Saúde iraniano, esta vacina, conhecida no Irão por Pasteur, também será autorizada em breve para uso de emergência na vacinação da população.
“A Pasteur, que é uma das melhores vacinas com a tecnologia em comum entre o nosso país e Cuba, obterá a autorização para uso de emergência no início da próxima semana”, disse Namaki.
Segundo os dados oficiais do Irão, que conta com uma população de mais de 80 milhões de pessoas, 4.354.445 iranianos receberam a primeira dose da vacina, tendo sido administradas as duas doses a cerca de 850.000.
Nas últimas 24 horas, o Irão indicou terem sido detetados 10.715 novos casos de covid-19, com o total acumulado de casos a ser já superior a três milhões.
No mesmo período, foram contabilizadas mais 119 mortes associadas ao novo coronavírus, elevando para 82.217 o total de óbitos desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.805.928 mortos no mundo, resultantes de mais de 175,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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