O diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias do Ministério da Saúde espanhol, Fernando Simón, explicou hoje que o cenário "não mudou substancialmente" desde segunda-feira, embora se esteja a aguardar testes que podem "indicar" 15 novos casos confirmados cuja origem está a ser verificada, a maioria localizados na comunidade autónoma de Madrid.

Fernando Simón avançou que as comunidades autónomas de Madrid e do País Basco estão a avaliar uma eventual mudança do cenário de “contenção” da doença para “mitigação” em duas das áreas de "maior preocupação" - Torrejón de Ardoz (Madrid) e Vitória (País Basco) -, uma vez que a origem da infeção é desconhecida, e nesse novo cenário seriam adotadas medidas adicionais.

No total, são 137 casos nas várias regiões autónomas, dos quais 49 na de Madrid, 15 estão localizados na Catalunha e outros 15 em Valência, 13 no País Basco, 10 na Cantábria, oito em Castela e Leão, sete em Castela-Mancha e mais sete nas Canárias, seis na Extremadura, três em A Rioja, dois nas ilhas Baleares, um nas Astúrias e também um em Navarra.

A estes somam-se 13 profissionais de saúde das regiões da Andaluzia, Pais Basco e Comunidade de Madrid.

Das 211 pessoas em isolamento doméstico no País Basco por terem tido contacto com pessoas infetadas, 100 são profissionais de saúde.

Questionado sobre o jogo de futebol da Liga dos Campeões entre o Valência e o Atlanta Bergamo em 10 de março próximo, Simon disse que se está a estudar quais as medidas que devem ser tomadas e possivelmente haverá uma decisão ainda hoje.

O responsável começou a conferência de imprensa diária com um pedido de desculpas à comunidade religiosa evangélica por ter revelado na segunda-feira que havia um grupo religioso desta confissão infetado, afirmando que entendia o seu "desconforto".