“Estamos a trabalhar com os restantes 26 países da União Europeia para que possa haver um procedimento conjunto no sentido de disponibilizar as vacinas a todos os cidadãos. É um processo com alguma complexidade, porque temos de coordenar a fase em que estão as vacinas, as quantidades que vão ser produzidas e as condições em que as diferentes empresas vão disponibilizá-las”, afirmou, em declarações prestadas na conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia no país.
Segundo Rui Santos Ivo, apesar da urgência internacional no desenvolvimento de uma vacina, esta etapa está “numa fase precoce”, pois somente algumas empresas farmacêuticas estão já a avançar para a fase três e a considerar “a apresentação de pedidos de autorização” junto da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa). Contudo, garantiu que o Infarmed está envolvido no processo e em articulação com a Direção-Geral da Saúde.
“Estamos a conduzir este processo ainda antes de os pedidos terem sido entregues na EMA, portanto, nem sabemos quais são as vacinas que vão ser autorizadas. Este é um processo de antecipação e aceleração das condições para podermos dispor da vacina o mais cedo possível, vamos ter de olhar para estes aspetos e teremos de ter em atenção a decisão que vai ser tomada a nível europeu”, frisou.
Questionado sobre o tempo de chegada de uma vacina ao mercado, o presidente do Infarmed salientou a necessidade de prudência e reconheceu que é preciso “aguardar que o processo avance um pouco mais” ao nível da agência europeia.
“As várias opções estão em cima da mesa: a estratégia das populações-alvo que vamos ter de cobrir, os timings em que as vacinas vão chegar e as quantidades que vão ser disponibilizadas. Poderemos ter de conjugar esses aspetos e, eventualmente, ter mais do que uma vacina. Provavelmente, é isso que vai acontecer”, concluiu.
Portugal contabiliza pelo menos 1.725 mortos associados à covid-19 em 50.613 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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