Apesar do aumento dos contágios, a situação hospitalar não se tem agravado muito, havendo uma ocupação média de 4,68% de camas nas unidades de cuidados intensivos, ainda abaixo de 5% considerado o patamar de risco.

O indicador da velocidade de transmissão da doença passou de 82,0 casos (segunda-feira) para 88,6 (ontem) por cada 100.000 habitantes diagnosticados nos últimos 14 dias.

Por outro lado, a Espanha registou 4.091 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, tendo o Ministério da Saúde também notificado mais 29 mortes atribuídas à doença covid-19 durante o mesmo período.

O número total de casos notificados em Espanha desde o início da pandemia é de 5.061.045 e já morreram 87.745 pessoas devido à doença.

Nas últimas 24 horas, deram entrada nos hospitais de todo o país 289 pessoas com covid-19 e o número de doentes hospitalizados desceu para 2.164 (eram 2.180 na segunda-feira), o que corresponde a 1,75% das camas ocupadas.

Destes, 427 estão em unidades de cuidados intensivos (o mesmo número de segunda-feira), ocupando 4,68% das camas desses serviços.

O Ministério da Saúde espanhol também informou ontem que 37,48 milhões de pessoas já estão totalmente vacinadas contra a covid-19 (89,0% da população alvo), e 38,17 milhões têm pelo menos uma das doses do fármaco (90,6%).

O aumento de novos casos, apesar de não haver uma pressão importante nos hospitais, está a fazer com que algumas comunidades autónomas estejam a estudar a possibilidade de utilizarem o passaporte covid-19 como um novo instrumento para conter os contágios.

O País Basco, por exemplo, já solicitou autorização aos tribunais para poder exigir certificados de vacinação para o acesso a restaurantes e locais de vida noturna.

A Galiza, por seu lado, também pediu aos tribunais autorização para exigir o passaporte europeu covid-19 ou um teste negativo para as visitas a doentes em hospitais e para os trabalhadores da saúde.

Por outro lado, o aumento da incidência sem grandes consequências de pressão hospitalar levou o Ministério da Saúde espanhol a propor às comunidades autónomas, que têm autonomia no setor da saúde, para aceitarem uma revisão em alta dos limiares dos indicadores de incidência da covid-19.

Isto levaria a que a classificação de “risco baixo” de transmissão da pandemia passasse a ser a partir dos 100 casos e não dos atuais 50 casos por 100.000 habitantes diagnosticados nos últimos 14 dias.

Esta proposta, que vai ser votada na Comissão de Saúde Pública, levaria a que a atual incidência de 88,6 casos passaria a ser considerada de “risco baixo” de contágio e não de “risco médio” como é classificada atualmente.

A covid-19 provocou pelo menos 5.105.488 mortes em todo o mundo, entre mais de 253,71 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.274 pessoas e foram contabilizados 1.110.155 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.