Segundo a ULS, o hospital da cidade mais alta do país “faz parte do grupo de cinco hospitais nacionais [de] referência de ‘segunda linha’ para a contenção da infeção pelo COVID-19”.

“Até à data apenas estavam ativados como hospitais de referência para estes casos o Curry Cabral e o Dona Estefânia, em Lisboa, e o São João, no Porto. Além destas três unidades, passam agora a estar disponíveis para o estudo de casos suspeitos e tratamento dos infetados, os hospitais de Santa Maria e São José, em Lisboa, Santo António, no Porto, o Hospital Pediátrico de Coimbra e o Hospital Sousa Martins da ULS da Guarda”, lê-se na nota.

A ULS da Guarda explica no comunicado enviado à agência Lusa que o Hospital Sousa Martins foi indicado como unidade de segunda linha “atendendo às condições adequadas de instalações, equipamentos existentes no denominado Pavilhão Novo, à capacitação do seu Laboratório de Patologia Clínica e ao reconhecimento da competência técnica e profissionalismo dos seus recursos humanos”.

De acordo com a fonte, uma equipa multidisciplinar, coordenada pelo diretor do Serviço de Pneumologia “encontra-se já em plenas funções para que o Hospital Sousa Martins dê a sua melhor resposta nesta obrigação nacional”.

No mesmo comunicado, a ULS da Guarda solicita a todos os seus utentes “que continuem a cumprir as boas práticas de higiene pessoal e dos espaços físicos e que, em caso de necessidade, antes de recorrerem a uma unidade de saúde, se informem junto da Linha de Saúde 24 através do 808 24 24 24”.

Em Portugal, há um caso confirmado e um outro caso aguarda uma contraprova através de análise do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA), adiantou a ministra da Saúde, Marta Temido, numa sessão de esclarecimentos para atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (COVID-19).

O caso confirmado é o de um homem de 60 anos, que está internado no Centro Hospitalar de São João, que reportou os primeiros sintomas no dia 26 de fevereiro.

O outro homem, 33 anos, que aguarda a contra-análise reportou os primeiros sintomas no dia 29 de fevereiro, disse a ministra, adiantando que os dois homens, que estão internados no Porto, estão em boa condição de saúde e estiveram em Itália e em Espanha.

Um português tripulante de um navio de cruzeiros encontra-se hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.

O surto de COVID-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.980 mortos e infetou mais de 87 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 60 países.