Sem revelar se vai haver antecipação da terceira fase do planp, António Lacerda Sales, afirmou que o país está numa fase de transição, em que o Estado vai continuar a prevenir a covid-19, mas a responsabilidade individual e coletiva continuará também a ser fundamental.

"Estamos numa fase de transição. Temos muita esperança neste futuro próximo, porque como se verificou ontem [quinta-feira] com o Infarmed há, de facto, uma tendência da flexibilização das medidas, mas sempre numa fase de transição, apelando à responsabilidade individual e coletiva em muitos aspetos considerados, como por exemplo, mantermos o uso da máscara em aglomerados exteriores e em espaços fechados", apontou.

"Temos tido uma evolução epidemiológica favorável, com um índice de transmissibilidade neste momento também favorável, e um plano de vacinação que ultrapassa neste momento os 81,5% do esquema vacinal completo e os 85% de primeiras doses. É natural que haja uma flexibilização das medidas no próximo Conselho de Ministros, mas que haja continuamente este apelo à consciência individual e coletiva", reforçou.

O secretário de Estado falou à Lusa após participar no encerramento da conferência “A segurança do Doente em Portugal”, organizada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, no âmbito do Dia Mundial da Segurança do Doente.

No evento, onde também compareceu a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, foi apresentado o novo Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026, cujos principais objetivos estratégicos são: criar um sistema de saúde mais seguro e com mais qualidade, levar a prestação de cuidados a novos contextos - remotos e domiciliários; e, ainda, trazer à ação os cuidadores, as famílias e a sociedade em geral através de ações de sensibilização para a cultura de segurança.

António Lacerda Sales sublinhou que o despacho que aprova o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026 foi assinado hoje e será brevemente publicado em Diário da República.

A covid-19 provocou pelo menos 4.667.150 mortes em todo o mundo, entre mais de 226,96 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.895 pessoas e foram contabilizados 1.007.911 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.