“Neste momento, testámos mais de 39 milhões de americanos. Entre eles, mais de três milhões estavam positivos e mais de 1,3 milhões recuperaram”, disse o vice-Presidente dos EUA, Mike Pence, para justificar o número elevado de casos.
No total, os EUA registam 3.009.611 casos desde o início da pandemia, incluindo 131.521 mortes, de acordo com os dados da Universidade de Johns Hopkins.
Os Estados Unidos continuam com números de pandemia de COVID-19 que as autoridades sanitárias consideram preocupantes, mas a Casa Branca tem atribuído os números das estatísticas ao elevado número de testes, assegurando que o seu Governo está a controlar a situação.
Hoje, Mike Pence, que usava uma máscara de proteção ao participar numa conferência de imprensa, disse que as zonas de maior preocupação se encontram no sul do país (Arizona, Florida e Texas), mas que a percentagem de pessoas que testam positivo está a estabilizar.
“Vamos continuar a fazer o que temos feito, porque estamos a ver os primeiros sinais”, disse o vice-Presidente, revelando confiança na evolução do combate à pandemia.
Na terça-feira, o Governo norte-americano e a ONU confirmaram a notificação oficial sobre a saída dos Estados Unidos da América da Organização Mundial de Saúde (OMS), acusada pelos norte-americanos de tardar a reagir à pandemia do novo coronavírus e de servir os interesses da China.
A decisão foi criticada por vários países e organizações, que consideram que o Governo de Donald Trump escolheu a pior das alturas para abandonar a OMS, no meio de uma pandemia, sendo o seu principal financiador
Hoje mesmo, o Governo alemão considerou que a retirada dos Estados Unidos da OMS é um “revés para a cooperação internacional” e defende que a agência da ONU deve ser apoiada.
“As epidemias globais mostram que precisamos de mais cooperação internacional para combater a pandemia”, disse Martina Fietz, porta-voz do Governo de Angela Merkel, durante uma conferência de imprensa em Berlim.
Mas o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, já respondeu a estas críticas, justificando hoje a decisão por a OMS ser um organismo “essencialmente incompetente”.
“Não apoiaremos uma organização historicamente incompetente”, afirmou Pompeo, numa conferência de imprensa, acrescentando que a organização sob tutela da ONU tem “um longo historial de corrupção e de politização”.
Pompeo reiterou a posição dos EUA de que a OMS “não foi capaz de cumprir o seu objetivo fundamental”, ao não impedir a propagação da pandemia de COVID-19, desde que foram confirmados os primeiros casos na China, em dezembro passado.
O chefe da diplomacia dos EUA admitiu que algumas funções da OMS foram cumpridas adequadamente e que Washington tentou “desesperadamente” reformar aquele organismo, mas sem sucesso.
A pandemia já provocou mais de 544 mil mortos e infetou mais de 11,85 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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