Por outro lado, as autoridades contabilizaram mais 241 mortes com a doença nas últimas 24 horas, quase o dobro das verificadas na quinta-feira, aumentando o total de óbitos para 32.929.

Madrid continua a ser a comunidade autónoma com o maior número de novas infeções, tendo adicionado mais 2.345 casos aos números totais de quinta-feira, elevando o total para 261.112.

O Governo espanhol decretou hoje o estado de emergência durante 15 dias em Madrid e outros nove municípios da região, restabelecendo as restrições de movimentos invalidadas na quinta-feira pela justiça.

A decisão foi tomada num Conselho de Ministros extraordinário, realizado hoje de manhã, horas depois de o Tribunal Superior de Justiça de Madrid ter anulado as medidas de restrição de movimentos em dez municípios da região de Madrid impostas pelo Governo central no sábado passado.

O executivo nacional e o regional estavam desde há duas semanas num braço de ferro sobre as medidas concretas que devem ser tomadas para assegurar a redução do número de contágios de covid-19 em Madrid, a região de Espanha mais atingida pela pandemia.

A decisão da justiça deu razão ao executivo da região de Madrid, dominado pelos partidos de direita, que rejeita as medidas impostas pelo Governo central de coligação de esquerda por considerá-las ilegais, excessivas e desastrosas para a economia local.

Mas com a declaração do estado de emergência, o Governo central encontra uma solução legal para manter as atuais restrições antes de um fim de semana alargado que termina com um feriado na próxima segunda-feira, em que se comemora o dia nacional de Espanha.

As autoridades receavam que centenas de milhares de madrilenos decidissem sair da cidade para passar o fim de semana fora, depois de a Justiça ter anulado as medidas de restrição da mobilidade.

As restrições reintroduzidas proíbem, entre outras coisas, a entrada e saída de pessoas em cada uma das 10 cidades da região de Madrid, incluindo a capital, exceto deslocações “devidamente justificadas”, tais como ao médico, ao trabalho, centros educativos, assistência a idosos, menores e dependentes e viagens a bancos, tribunais ou outros organismos públicos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e sessenta e três mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.062 em Portugal.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (42.679 mortos, mais de 575 mil casos), seguindo-se Itália (36.111 mortos, mais de 343 mil casos), Espanha (32.929 mortos, mais de 860 mil casos) e França (32.521 mortos, mais de 671 mil casos).