Os números hoje anunciados pelo Ministério da Saúde em Madrid são superiores aos de quinta-feira, que já representavam um recorde desde o final de maio, e elevam o número total de casos no país para 342.813.
O número de mortos nos últimos sete dias é de 62, a maior parte nas comunidades autónomas de Madrid (23) e Aragão (12).
O recrudescimento da covid-19 em Espanha levou hoje a Alemanha a colocar todo o país, exceto as ilhas Canárias, na categoria de país de risco.
O anúncio do Ministério da Saúde alemão abrange a ilha de Maiorca, destino de férias favorito dos alemães, e implica que os turistas que regressem dos territórios abrangidos terão de se submeter a um teste ao novo coronavírus e aguardar o resultado em quarentena.
Já hoje o Governo espanhol e as autoridades regionais do país acordaram, por unanimidade, o encerramento de discotecas, bares e salões de baile, como medida de contenção contra a pandemia de covid-19.
As autoridades aprovaram também a proibição de fumar ao "ar livre como, por exemplo, em esplanadas" e sempre que não seja possível manter a distância de segurança de dois metros entre as pessoas, medida que já está em vigor em duas das 17 regiões autónomas espanholas.
Os restaurantes deverão fechar à 01:00 e não poderão admitir clientes após a meia-noite.
Espanha é um dos países mais afetados no mundo pela pandemia, com um total de 337.334 infetados registados oficialmente.
Com 47 milhões de habitantes, o país conta até hoje mais de 28.000 mortes por covid-19, o que equivale a 110 casos em cada 100.000 habitantes, uma taxa de incidência bastante mais elevada do que as dos restantes países da Europa ocidental.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 754 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.772 pessoas das 53.783 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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