Segundo um comunicado daquele parque tecnológico, a empresa Crioestaminal, laboratório líder em células estaminais em Portugal e um dos maiores da Europa, desenvolveu um medicamento experimental à base de células estaminais do tecido do cordão umbilical expandidas para tratar doentes graves com COVID-19.
O medicamento experimental, já disponível para utilização hospitalar, foi desenvolvido na recente unidade de produção de medicamentos de terapia celular da empresa, num investimento de cerca de 1 milhão de euros, refere a nota.
De acordo com André Gomes, diretor geral da Crioestaminal, a empresa "está em condições de produzir cerca de duas dezenas de doses por semana, com a possibilidade de expandir a produção, se necessário".
O desenvolvimento de uma vacina para o novo coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela doença da COVID-19, é outro dos projetos em curso no Biocant Park de Cantanhede, pela mão da empresa Immunethep.
Segundo o diretor executivo Bruno Santos, a empresa está motivada "pelo desenvolvimento de uma solução nacional que permita vacinar e proteger os portugueses o quanto antes".
A Immunethep utilizou a experiência que detém na área da imunoterapia para levar a cabo o desenvolvimento desta vacina, administrada por inalação, e que se encontra agora em fase de ensaios com animais, numa parceria com o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), do Porto.
O Laboratório de Microbiologia, a unidade especializada em microbiologia do Biocant - Associação de Transferência de Tecnologia, em parceria com a empresa Biocant R&D, desenvolveu uma metodologia inovadora e única em Portugal, designada de ArCovid19, que permite detetar a presença de SARS-CoV-2 em amostras de ar.
Segundo Joana Branco, diretora executiva da Associação Biocant, esta metodologia "pode ser relevante em ambientes críticos como Unidades de Cuidados Intensivos, Cuidados Continuados, Lares de Idosos e serviços hospitalares diversos, por forma a detetar precocemente a presença do vírus e, assim, prevenir novas cadeias de transmissão".
O consórcio prevê que, num segundo momento, seja possível aplicar a tecnologia desenvolvida noutros espaços, como transportes públicos ou centros comerciais, espaços onde a aglomeração de pessoas e possibilidade de propagação do SARS-CoV-2 é mais elevada.
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