Portugal regista esta terça-feira mais 829 casos de COVID-19 e três óbitos associado à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 18.141 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.086.280 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 1.284 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.037.261 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 34,1% dos diagnósticos.

COVID-19: Brasileiros manifestam-se em Lisboa contra presença de ministro da Saúde
COVID-19: Brasileiros manifestam-se em Lisboa contra presença de ministro da Saúde
Ver artigo

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.720 (+2), seguida do Norte com 5.596 óbitos (+1), Centro (3.177, =) e Alentejo (1.051, =). Pelo menos 479 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 45 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 73 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 301 doentes internados, mais 11 do que ontem, e 62 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais três do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 30.878 casos ativos da infeção em Portugal — menos 458 do que ontem — e 21.469 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 345 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 419.475 (+283), seguida da região Norte (415.126 +216), da região Centro (146.039, +218), do Alentejo (40.050, +39) e do Algarve (43.732, +48). Nos Açores existem 9.273 casos contabilizados (+15) e na Madeira 12.585 (+10).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 92,4 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,06. Com estes valores, o país está fora do quadrante verde da matriz de risco, passando para uma zona de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,06. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
Matriz de risco da DGS Matriz de risco da DGS

China confina cidade de quatro milhões após detetar surto de COVID-19
China confina cidade de quatro milhões após detetar surto de COVID-19
Ver artigo

Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.837 (+3) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.884, =), entre 60 e 69 anos (1.650, =) entre 50 e 59 anos (523, =), 40 e 49 anos (182, =) e entre 30 e 39 anos (47, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.515 são do sexo masculino e 8.626 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 176.874 (+113) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 174.160 (+129), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 160.100 (+127). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 148.068 (+86) infeções reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 116.583 (+57), entre os 60 e os 69 anos soma 100.613 (+71) e a com 80 ou mais anos totaliza 77.177 (+82) casos. Por último, surge a faixa etária dos 0-9 anos com 68.031 (+103) infeções reportadas desde o início da pandemia.

Desde o início da pandemia, houve 502.443 homens infetados e 583.092 mulheres, sendo que se desconhece o género de 745 pessoas.

Vídeo - O ar dentro de um avião: como são eliminados vírus e bactérias?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Balanço mundial

A pandemia de COVID-19 matou, até hoje, pelo menos 4.952.390 pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um balanço realizado pela agência de notícias francesa AFP com base em fontes oficiais. No total, 243.972.710 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Nas últimas 24 horas registaram-se mais 6.060 mortes e 385.676 novos casos de covid-19 em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de mortes nos seus levantamentos mais recentes são os Estados Unidos, com 1.371 novas mortes, Rússia (1.106) e Ucrânia (734).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 737.316 mortes para 45.545.583 casos, de acordo com o levantamento mais recente realizado pela Universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 605.804 mortes e 21.735.560 casos, a Índia com 455.068 mortes (34.202.202 casos), o México com 286.496 mortes (3.784.448 casos) e a Rússia com 232.775 mortos (8.316.019 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 607 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Bósnia-Herzegovina (347), Macedónia do Norte (339), Bulgária (332), Montenegro (330) e Hungria (316).

A América Latina e Caraíbas totalizaram até hoje 1.515.695 mortes para 45.754.384 casos, a Europa 1.379.401 mortes (72.857.142 casos), a Ásia 864.488 mortes (55.552.795 casos), os Estados Unidos e Canadá 766.071 mortes (47.244.449 casos), a África 217.101 mortes (8.444.562 casos), o Médio Oriente 206.950 mortes (13.843.796 casos) e a Oceânia 2.684 mortes (245.582 casos).

Gostava de receber mais informações sobre este tema? Subscreva a nossa newsletter e as nossas notificações para que nada lhe passe ao lado.

Veja ainda: 12 sintomas que nunca deve ignorar