Portugal registou desde o início da pandemia 4.127 mortes associadas à COVID-19 e 274.011 casos de infeção, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.
Em relação a terça-feira, registaram-se mais 71 óbitos, 5.290 infetados e 5.123 recuperados. Ao todo há já 189.356 casos de recuperação assinalados em território nacional.
A maioria dos novos casos foram notificados na região Norte, com 3.224 novas infeções, ou seja, 61% do total de novos diagnósticos em todo o país.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 1.942 óbitos (+35 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (1.492 +25), Centro (531 +10) e Alentejo (102 +1). Pelo menos 43 (=) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se dois óbitos (=) associados à doença.
A maioria dos novos casos foram notificados na região Norte, com 3.224 novas infeções, ou seja, 61% do total de novos diagnósticos em todo o país.
Em todo o território nacional, há 3.251 doentes internados, menos 24 que ontem, e 517 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 11 do que na terça-feira, um novo recorde.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 80.528 casos ativos da infeção em Portugal – mais 96 que ontem - e 81.946 pessoas em vigilância pelas autoridades – menos 214.
A região Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 143.129 (+3.224), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (92.230 +1.177), da região Centro (26.455 +506), do Alentejo (5.576 +256) e do Algarve (4.951 +81). Na Madeira existem 826 (+30) casos confirmados e nos Açores 844 (+16).
Faixas etárias mais atingidas
O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 2.784 (+43) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (825 +18), entre 60 e 69 anos (348 +7), entre 50 e 59 anos (122 +3) e 40 e 49 anos (37 =).
Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 2.134 (+39) são do sexo masculino e 1.993 (+32) do feminino.
A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 46.027 casos (+892), seguida da faixa etária entre os 20 e os 29 anos, com 43.983 (+704), e da faixa etária dos 30 e os 39 anos, com 42.313 (+729).
Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 120.989 (+ 2.340) homens infetados e 148.085 (+2.894) mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 4.937 casos (+56).
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Mutações descobertas até agora do coronavírus não o tornam mais contagioso
Nenhuma das mutações descobertas até agora do novo coronavírus que provoca a doença COVID-19 o tornam mais contagioso, concluíram investigadores do University College de Londres num estudo publicado hoje, em que foram analisados genomas do vírus em 46.000 pessoas.
Até agora, os investigadores identificaram 12.706 mutações no SARS-CoV-2 e viram que 398 delas são repetidas. Dessas, 185 manifestaram-se pelo menos três vezes de forma independente durante os meses da pandemia.
“Descobrimos que nenhuma destas mutações fazem o vírus espalhar-se mais depressa, mas precisamos de continuar a estudar as que ocorrerem, especialmente quando começar a haver vacinas”, afirmou a primeira autora do estudo, Lucy Van Dorp, do Instituto de Genética do UCL.
Os investigadores alertam que a introdução de vacinas fará aumentar a pressão sobre o vírus para o tornar mais esquivo ao sistema imunitário humano.
Isso poderá levar ao surgimento de mutações que escapam à ação da vacina, o que exigirá identificação rápida dessas mutações e adaptação das vacinas.
Os coronavírus como o SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, são do tipo RNA, que podem ter mutações de três formas: por erros de cópia durante a replicação do vírus, por interações com outros vírus que estão a infetar a mesma célula ou podem decorrer da ação do sistema imunitário do anfitrião.
A maior parte das mutações é neutra, mas pode acontecer que sejam boas ou más para o vírus, passando para as gerações seguintes de vírus.
Da investigação não saíram provas de que alguma das mutações comuns estejam a aumentar a transmissibilidade do vírus. A maior parte é neutral, salientam, e deve-se à ação do sistema imunitário humano, não indicando que seja o vírus a adaptar-se ao seu anfitrião humano.
Normalmente, um vírus só sofrerá mutações e dividir-se-á em estirpes diferentes quando se tornar mais comum em populações humanas, mas isso não implica necessariamente que as estirpes sejam mais nocivas ou contagiosas.
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