Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 2.959 mortes associadas à COVID-19 e 183.420 casos de infeção, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.
Em relação aos dados comunicados ontem, registaram-se mais 63 óbitos (um novo máximo), 4.096 infetados e 2.302 recuperados. Ao todo há 102.083 casos de recuperação assinalados em território nacional. A região Norte de Portugal, com 2.265 novas infeções, é a área do país com maior incidência de novos casos (55,3%).
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 1.339 óbitos (+33 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (1.145 +22), Centro (361 +5) e Alentejo (66 +1). Pelo menos 31 (+1) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se dois óbitos (+1) associado à doença.
Em todo o território nacional, há 2.651 doentes internados (um novo recorde), mais 129 que ontem, e 391 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 13 do que no domingo, também um novo máximo.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 78.378 casos ativos da infeção em Portugal – mais 1.731 que ontem - e 90.088 pessoas em vigilância pelas autoridades - menos 418.
A região Norte é agora a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 88.549 (+2.265), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (70.015 +1.217), da região Centro (16.726 +379), do Algarve (3.501 +60) e do Alentejo (3.600+ 148). Nos Açores, existem 471 casos confirmados (+16) e na Madeira 558 (+11).
Faixas etárias mais atingidas
O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.991 mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (582), entre 60 e 69 anos (257), entre 50 e 59 anos (92) e 40 e 49 anos (28).
Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 1.518 são do sexo masculino e 1.441 do feminino.
A faixa etária entre os 20 e os 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 30.671, seguida da faixa etária entre os 40 e os 49 anos, com 30.594 e da faixa etária dos 30 e os 39 anos, com 29.111.
Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 83.086 homens infetados e 100.334 mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 261 casos.
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Portugal em estado de emergência
Portugal entrou hoje à meia-noite em estado de emergência até 23 de novembro para combater a pandemia de COVID-19, impondo entre outras medidas o recolher obrigatório noturno em 121 concelhos com mais casos de infeção. Esta medida de proibição de circulação na via pública entre as 23:00 e as 05:00 em dias de semana e, nos próximos dois fins de semana, a partir das 13:00 é aplicada nos 121 concelhos considerados de risco elevado de transmissão da covid-19.
Entre estes municípios, que abrangem 70% da população residente, incluem-se todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.
A medida foi aprovada em Conselho de Ministros extraordinário realizado no sábado à noite e prevê exceções como deslocações para o trabalho, regresso ao domicílio, situações de emergência, passeio higiénico na proximidade da habitação ou passeio de animais.
O executivo aprovou ainda outras medidas que se irão aplicar a Portugal Continental, como a possibilidade da medição de temperatura corporal por meios não invasivos no acesso a local de trabalho, escolas, meios de transporte ou espaços comerciais e desportivos.
Está ainda prevista a possibilidade de se exigir testes de diagnóstico para COVID-19 em escolas, lares, estabelecimentos de saúde, à entrada e saída do território nacional, prisões ou outros locais que a Direção-Geral da Saúde venha a determinar.
O novo estado de emergência prevê também a possibilidade de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social.
A mobilização de recursos humanos para aumentar a capacidade de rastreamento, como a realização de inquéritos epidemiológicos ou rastreio de contactos de trabalhadores em isolamento profilático, de professores sem componente letiva ou militares das Forças Armadas é outra medida prevista pelo estado de emergência.
Na semana passada, o Governo já tinha aprovado outras medidas para conter a pandemia no continente como grupos em restaurantes limitados a seis pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.
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