“A atualização da Norma 015/2020 da DGS concretiza o fim da indicação de isolamento profilático dos contactos de alto risco de casos confirmados de covid-19”, adianta em comunicado o organismo liderado por Graça Freitas.

Na quinta-feira, o Governo anunciou que os contactos de alto risco iriam deixar de ficar em confinamento, passando apenas a estar em isolamento as pessoas que testem positivo ao vírus SARS-CoV-2.

“Deixa de haver possibilidade do confinamento para contactos de risco. A partir da entrada em vigor desta resolução os confinamentos são apenas para as pessoas que testem positivo, tendo ou não sintomas”, disse a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final do Conselho de Ministros em que foram tomadas as medidas para avançar para a nova fase da pandemia.

Segundo anunciou hoje a DGS, a atualização das normas recomenda aos contactos de alto risco a recorrer, preferencialmente, ao teste rápido de antigénio de uso profissional (TRAg).

“O primeiro deve ser realizado o mais precocemente possível após a data da última exposição ao caso confirmado e o segundo (após um primeiro teste negativo ou na ausência da realização do primeiro teste) entre o terceiro e o quinto dia desde a data da última exposição ao caso confirmado”, adianta o comunicado.

A DGS estabeleceu ainda que os contactos de alto risco podem também realizar um autoteste, exceto em instituições de apoio ou acolhimento a populações mais vulneráveis.

“No caso de o resultado do autoteste ser positivo, deve ser feito um teste de confirmação por TAAN ou TRAg de uso profissional, preferencialmente, no prazo de 24 horas”, referiu a DGS.

De acordo com o comunicado, os diversos sistemas de informação serão adaptados, de forma faseada, até à próxima segunda-feira, “entrando de imediato em funcionamento as medidas necessárias a garantir que apenas são colocados em isolamento, nomeadamente pelo SNS24, os utentes com teste positivo para covid-19”.

A covid-19 provocou pelo menos 5.904.193 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.922 pessoas e foram contabilizados 3.219.439 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.