Estas audiências foram anunciadas hoje por António Costa no final do Conselho de Ministros, em que adiantou que haverá também na sexta-feira sobre o mesmo tema uma reunião do Conselho Permanente da Concertação Social.

De acordo com fonte do executivo, no sábado, será a vez de o Governo se reunir com as restantes forças políticas com representação parlamentar: PAN, PEV, Chega e Iniciativa Liberal.

Hoje, em conferência de imprensa, o primeiro-ministro referiu que os números relativos a novos contágios com o novo coronavírus verificados na quarta-feira e hoje rondam os dez mil, "o que indicia um agravamento da situação epidemiológica" no país.

Nesse sentido, de acordo com António Costa, sem prejuízo da reunião que haverá na próxima terça-feira com epidemiologistas, no Infarmed, em Lisboa, será importante preparar já, se tal vier a ser necessário, a adoção de medidas que correspondam a um agravamento da situação", declarou.

Ou seja, de acordo com o líder do executivo, face à situação em que o país se encontra, "pode ser útil" não se esperar sobre os resultados da reunião com os epidemiologistas, avançando-se imediatamente "com novas decisões".

Eventualmente, essas decisões "poderão ser tomadas na imediata sequência daquilo que se verificar ao longo dos próximos dias".

De acordo com a tese apresentada pelo primeiro-ministro, o Governo "fez bem em esperar" pela consolidação em termos de dados sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal, já que ainda há dois dias o número diário de infeções ainda não ultrapassava os cinco mil.

"Fizemos bem em aguardar pelos resultados da sessão do Infarmed, em Lisboa, na próxima terça-feira, para podermos ter uma melhor clarificação sobre qual é a situação real da pandemia", justificou.

No entanto, embora a situação não esteja clarificada sobre a evolução dos novos contágios, "Indicia que há um agravamento e que, provavelmente, terão de ser adotar medidas mais restritivas a partir da próxima semana", acrescentou António Costa.