Questionado pelo deputado dos Verdes, José Luís Ferreira, sobre a razão pela qual o Governo não pondera comprar vacinas “fora do quadro da União Europeia de forma a garantir o processo de vacinação mais rápido” em Portugal, Augusto Santos Silva respondeu que “o Governo não tenciona fazê-lo por duas razões”.

“Em primeiro lugar, porque isso seria trair uma decisão que tomámos, nós, como europeus, e que permitiu que o processo de descoberta e de produção da vacina fosse o mais rápido da história da humanidade”, apontou.

Por outro lado, Santos Silva considerou que, caso o Governo optasse por tomar tal decisão, “não haveria vacinas autorizadas pela Agência Europeia do Medicamento [EMA, na sigla em inglês] que estivessem disponíveis”.

Esta decisão do executivo português tem em consideração “a vida dos portugueses” e “o facto de Portugal ser um Estado-membro da UE”, indicou.

“Nós não estamos disponíveis para fazer como aqueles que estão na UE para umas coisas e se esquecem que estão na UE para outras”, concluiu, em referência aos países que estão a comprar vacinas não autorizadas pela Agência Europeia do Medicamento, como a Hungria, que recentemente tomou a decisão de vacinar a sua população com as vacinas russa e chinesa, a Sputnik V e a Sinopharm.