Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, foram registados 24.578 infeções e 555 óbitos provocados pelo novo coronavírus em 24 horas.

O mesmo levantamento destacou que 1.634.274 pessoas já recuperaram da doença e 697.813 ainda estão sob acompanhamento.

O estado de São Paulo, o mais populoso do Brasil, com cerca de 46 milhões de habitantes, continua a ser a região com o maior número de infeções (483.982) e mortes (21.606).

Em número de casos, o estado do Ceará, no nordeste do país, é o segundo mais impactado, com 162.085 infeções, seguido pelo Rio de Janeiro (156.325).

Já em número de mortos, o Rio de Janeiro continua a ser o segundo estado brasileiro mais afetado, com 12,835 mortes, seguido pelo Ceará (7.493).

O Brasil é o segundo país mais atingido pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos em número de mortos (146.463) e de casos diagnosticados (mais de 4,1 milhões).

Quando o novo coronavírus chegou ao país, em 26 de fevereiro, o Ministério da Saúde era liderado pelo médico Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido em abril por defender as medidas de isolamento social contrariando o Presidente do país, Jair Bolsonaro, que desde o princípio da pandemia adotou uma postura cética em relação a perigosidade da pandemia.

O médico oncologista Nelson Teich tornou-se ministro da Saúde do país, ainda em abril, mas ocupou o cargo por menos de trinta dias.

Teich pediu demissão por discordar do Presidente brasileiro sobre o uso da cloroquina no combate à COVID-19, uma medida defendida pelo Presidente brasileiro, embora a eficácia da substância no tratamento da doença não tenha sido comprovada.

Em maio, Bolsonaro nomeou o general Eduardo Pazuello como ministro interino da Saúde. O militar tem vasta experiência em logística, mas é novato no que se refere a gestão da saúde pública.

Além de promover duas trocas no comando da saúde durante uma pandemia, Bolsonaro sempre defendeu que a COVID-19 tem o efeito de uma “gripezinha” na maioria das pessoas. Ele já relativizou as mortes provocadas pela doença afirmando não ser coveiro nem capaz de fazer milagres quando questionado publicamente sobre o tema.

O chefe de Estado brasileiro descobriu que foi infetado pelo novo coronavírus no dia 7 de julho e, depois de quase três semanas em isolamento social, informou no sábado que já está recuperado.

Além de provocar discussões na gestão da saúde pública e de trazer problemas para a saúde pessoal de Bolsonaro, a pandemia também prejudicou profundamente a economia do país.

Antes da doença se espalhar o Governo brasileiro previa que o Produto Interno Bruto (PIB) iria crescer 2,2% em 2020, segundo estimativas divulgadas pelo Banco Central do país.

Em março a mesma projeção foi revista pela autoridade monetária brasileira para zero, ou seja, sem alta nem baixa.

No final de junho, o Banco Central alterou novamente a sua projeção e informou esperar uma queda de 6,4% no PIB brasileiro neste ano.

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 645 mil mortos e infetou mais de 16 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.