O país sul-americano registou ainda 66.588 novos casos de infeção entre terça-feira e ontem, totalizando 10.324.463 diagnósticos positivos, de acordo com o último boletim epidemiológico difundido pelo ministério da Saúde.

A média diária de mortes devido à covid-19 mantém-se acima de mil há cerca de um mês e, pelo segundo dia consecutivo, o Brasil superou as 60 mil infeções, após várias semanas na casa dos 50 mil casos.

A dois dias de completar um ano desde que o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado em solo brasileiro, a taxa de letalidade da doença permanece em 2,4% e a taxa de incidência é de 119 mortes e 4.913 casos por 100 mil habitantes.

Esses números confirmam o Brasil, com os seus cerca de 212 milhões de habitantes, como o segundo país com mais mortes devido à covid-19 em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com o maior número de infetados, depois da nação norte-americana e da Índia.

Das 27 unidades federativas que constituem o país, São Paulo (2.002.640) Minas Gerais (853.459), Bahia (664.904) e Santa Catarina (652.895) são as que concentram maior número de infeções.

Já os Estados onde mais brasileiros morreram devido ao novo coronavírus são São Paulo (58.528), Rio de Janeiro (32.574), Minas Gerais (17.974) e Rio Grande do Sul (12.029).

O Brasil ocupa também a terceira posição mundial na lista de países com maior número de recuperados (9.281018), no momento em que 793.488 pacientes infetados permanecem sob acompanhamento médico.

A nação sul-americana confia na sua campanha nacional de imunização, iniciada em meados de janeiro, para controlar a segunda vaga da pandemia que atinge o país, apesar dos vários entraves que enfrenta, como a escassez de vacinas e das dificuldades nas negociações para aquisição de novas doses.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde brasileiro anunciou que está a dar início à distribuição de cerca de 3,2 milhões de doses para ampliar a imunização no país entre o final deste mês e o início de março.

Em causa estão dois milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, importadas da Índia, e 1,2 milhões do imunizante da Sinovac, produzido no Brasil pelo Instituto Butantan.

“A chegada de mais vacinas vai permitir a ampliação da vacinação para outros grupos prioritários. Agora, serão priorizadas pessoas de 85 a 89 anos, pessoas de 80 a 84 anos, 3.837 indígenas e 8% dos trabalhadores da saúde”, indicou a tutela da Saúde em comunicado.

Com a chegada de novas doses ao país, a cidade brasileira do Rio de Janeiro anunciou que retomará na quinta-feira a vacinação contra a covid-19 para idosos, após ter sido suspensa na semana passada por falta de imunizantes.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.486.116 mortos no mundo, resultantes de mais de 112 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.