O bebé é a vítima mais jovem dos dez mortos registados em Gaza desde o início da pandemia, nove dos quais se registaram nas últimas duas semanas, segundo o Ministério da Saúde do enclave.

Gaza conseguiu controlar a pandemia nos primeiros seis meses ao detetar os casos na fronteira e isolá-los em hospitais periféricos, mas no passado dia 24 de agosto registaram-se os primeiros contágios locais numa família de um campo de refugiados.

Desde então, o movimento islamita Hamas, que governa no território, impôs um rigoroso confinamento para evitar a propagação da covid-19 no populoso enclave.

Só serviços essenciais, como padarias, postos de combustível ou farmácias estão abertos.

Mesquitas e escolas estão fechadas e as universidades começaram na terça-feira as aulas em modo virtual.

As organizações humanitárias temem que o precário sistema de saúde, sob tensão devido a um rigoroso bloqueio israelita desde 2007, não consiga lidar com uma expansão da epidemia.

Desde março, o enclave palestiniano registou 1.551 casos, dos quais quase 1.430 estão ativos devido à rápida propagação da pandemia nas últimas semanas.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 900 mil mortos e infetou mais de 27,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.