“O desconfinamento precisa de cuidados e de regras como precisou também o confinamento”, vincou a bloquista aos jornalistas, depois de um reunião com a direção do Lar Monte dos Burgos, no Porto.
Na sua opinião, demorou-se muito tempo a generalizar os testes de deteção à covid-19 e, mesmo agora em que houve uma generalização e alargamento de critérios para a sua realização, os mesmos ainda não estão a ser feitos.
E, recuando uns meses, Catarina Martins recordou que, em setembro de 2020 aquando de uma visita a um centro de dia que ia reabrir em Matosinhos, distrito do Porto, apelou para a necessidade de rastreios regulares aos funcionários como única forma de travar os surtos, mas tal não foi implementado.
A líder do BE considerou “muito importante” o regresso à normalidade o “mais depressa possível”, o que se faz com um processo de vacinação, reabertura de escolas assim que possível e prevenção de novos surtos com condições sanitárias desde os rastreios de testes até ao reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da Saúde pública para acompanhar os casos.
“A medida tem de ser quanto é que os serviços de saúde podem aguentar e se estão a conseguir acompanhar e, portanto, controlar a pandemia e proteger toda a gente que precisa”, sublinhou.
O chefe de Estado, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República e líderes partidários estão hoje reunidos com especialistas para avaliar a situação da covid-19 em Portugal, antes de nova renovação do estado de emergência.
O debate e votação da renovação do estado de emergência na Assembleia da República está marcado para quinta-feira à tarde e antes do envio do diploma o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, irá ouvir uma vez mais os nove partidos políticos com assento parlamentar, o que deverá acontecer entre terça e quarta-feira.
Neste âmbito, Catarina Martins revelou que irá reunir-se com Marcelo Rebelo de Sousa na quarta-feira.
Portugal registou hoje 61 mortes relacionadas com a covid-19 e 549 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o número mais baixo desde 06 de outubro, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico da DGS revela também que estão internados 3.322 doentes (mais seis do que no domingo), dos quais 627 em cuidados intensivos, menos 11.
A 06 de outubro foram reportados 427 casos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.466.453 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.023 pessoas dos 798.074 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Comentários