“Tem-se observado um aumento dos preços praticados nesta área de proteção. Contudo, é importante tranquilizar a população. Os hospitais farão os possíveis para que esses materiais estejam sempre disponíveis em caso de necessidade”, disse à agência Lusa Alexandre Lourenço.

Questionado sobre o impacto da despesa adicional nos hospitais, o presidente da APAH sublinhou que numa situação de emergência como a do surto de Covid-19, não se colocam questões de natureza financeira. 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

“O que é importante é que tenhamos todos os meios à nossa disposição”, disse, assegurando que “não existirá restrição financeira” no Serviço Nacional de Saúde para que “todos os equipamentos sejam disponíveis em caso de necessidade”.

Alexandre Lourenço adiantou que nesta situação há “naturalmente um efeito também de aumento da procura que tem influência sobre os preços praticados e aí também deve haver responsabilidade por parte dos fornecedores”, uma responsabilidade que também é exigida aos hospitais.

“Numa altura em que estamos em crise e a preparar-nos para uma maior disseminação da doença (Covid-19) o que importa é tranquilizar a população e que a população saiba que os serviços de saúde estão a fazer os possíveis para dar a resposta que é exigida a todos os portugueses”, sublinhou.

“É para isso que estamos todos a trabalhar em conjunto e é o momento de união e de esforços para realmente conseguirmos enfrentar de forma capaz esta crise”, rematou Alexandre Lourenço.

Nas farmácias, a procura por máscaras e desinfetantes cresceu 353,4% e 136,9%, respetivamente em fevereiro, segundo dados da Associação Nacional de Farmácias (ANF).

“As farmácias portuguesas registaram um aumento na procura de máscaras e desinfetantes desde o início do ano, tendo passado de 92.528 embalagens de máscaras vendidas em janeiro para 419.539 em fevereiro, um crescimento de 353,4%. No mesmo período, a procura por desinfetantes subiu 136,9%”, refere a ANF numa nota enviada à Lusa

Comparando com igual período do ano passado, as máscaras registaram “um aumento exponencial” de 1.829%, salienta.

O surto de Covid-19 - a doença provocada pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia - detetado em dezembro na China já provocou 3.407 mortos e já infetou mais de 100 mil pessoas em 91 países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 55 mil recuperaram.

Portugal tem 13 casos confirmados de Covid-19, quatro dos quais confirmados hoje pela ministra da Saúde, Marta Temido (três no norte do país e um em Lisboa).

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