Segundo o Instituto Robert Koch (RKI), há agora 8.450 vítimas mortais de COVID-19, uma subida de 39 nas últimas 24 horas, e mais 900 casos considerados recuperados, para um total de aproximadamente 164.100.

O especialista Christian Drosten, da rede hospitalar Charité, revelou hoje, no seu habitual podcast da NDR, que há possibilidade de um outono ou inverno seguros sem vacinação, o que significa “sem uma onda mortal”.

Para isso, assume o virologista, é necessário reajustar as medidas atuais, fortalecendo a deteção precoce. Drosten defende que as pessoas que contactaram com um doente, devem ser consideradas infetadas e isoladas sem diagnóstico prévio, para assim evitar novos contágios.

Por exemplo, se um professor tem covid-19, todos os alunos com quem esteve devem ficar em casa duas semanas sem que seja necessário fechar toda a escola.

A Federação de Cidades e Municípios já veio pedir regulamentos mínimos uniformes em todo o país para lidar com a pandemia de covid-19.

Por exemplo, a obrigatoriedade do uso de máscara nos autocarros e nos supermercados, e o distanciamento mínimo de segurança.

De acordo com o diretor, Gerd Landsberg, em declarações ao grupo de comunicação Funke, uma competição entre os estados federados é perigosa porque a população pode ter uma impressão “completamente errada” de que a pandemia acabou.

Os governos federal e estaduais concordaram em estender as restrições de contacto até 29 de junho.

Ainda assim, a partir do dia 6 de junho, as regiões podem permitir uma maior flexibilização. A Turíngia, ainda assim, anunciou que vai suspender as medidas de restrição, substituindo-as por recomendações.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 357 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.369 pessoas das 31.596 confirmadas como infetadas, e há 18.637 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2,6 milhões, contra mais de dois milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 153 mil, contra mais de 175 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.