
O navio-escola português, a navegar no Atlântico Sul rumo à África do Sul, está autorizado a atracar no porto para receber apoio logístico, mantimentos, energia e outros, mas a tripulação não pode sair do navio, disse a mesma fonte à Lusa.
A informação foi confirmada na quinta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores e Cooperação sul-africano, referiu a mesma fonte, adiantando que as autoridades portuárias sul-africanas estão a analisar "navio a navio" no âmbito das restrições anunciadas pelo Governo para contrariar o surto de Covid-19 no país.
As autoridades sul-africanas concederam em dezembro uma autorização de aportagem diplomática de 72 horas à Sagres, segundo a fonte da Lusa.
Todos os eventos previstos em torno da visita do NRP Sagres à Cidade do Cabo foram também cancelados, acrescentou.
As associações e coletividades portuguesas na capital sul-africana anunciaram também o cancelamento de todas as atividades sociais agendadas, adiantou.
Até hoje, a África do Sul registava 202 casos de infeção positivos de Covid-19 em seis províncias do país, anunciou o ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize.
O navio-escola português era aguardado no próximo dia 27 na Cidade do Cabo no âmbito da celebração dos 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães.
Pandemia alastra
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta sexta-feira a existência de seis mortes e 1.020 casos de COVID-19
O número total de infetados cresceu 235 em relação a ontem, uma subida que representa um aumento de 30% em relação aos dados de quinta-feira.
De acordo com o boletim diário da Direção-geral da Saúde (DGS), registaram-se até ao momento 1.020 casos confirmados de COVID-19 em Portugal, 850 aguardam resultado laboratorial, 5 recuperados e 9008 em vigilância pelas autoridades.
Ao todo, já morreram em todo o mundo 10.049 pessoas e há 246.522 casos contabilizados. Apenas um terço recuperou (88.486).
Itália superou a China esta quinta-feira no número de mortes por coronavírus, com 427 novos óbitos em 24 horas, o que levou a um total de 3.405, segundo dados oficiais do governo italiano.
Assim, Itália (3.405) tornou-se o país com mais mortes por COVID-19, à frente da China (3.245), Irão (1.284) e Espanha (1.002).
A doença parece estar a infetar as pessoas a um ritmo mais rápido: os primeiros 100.000 casos demoraram três meses a aparecer, mas os segundos surgiram num intervalo de apenas 12 dias, adverte a Organização Mundial de Saúde que alerta para a rápida propagação da pandemia.
Devido à pandemia, foram vários os Estados-membros da UE que adotaram medidas para promover o isolamento social, tentando assim conter o surto. Portugal incluído.
A doença já se alargou a 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar a situação como de pandemia.
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