De acordo com os dados, o país – o epicentro da pandemia em África — tem um acumulado de 968.563 infeções, 25.983 mortes e 822.978 recuperações, após ter realizado mais de 6,3 milhões de testes numa população de mais de 58 milhões de pessoas.

A África do Sul descobriu uma nova variante do coronavírus (SARS-CoV-2), que afeta a maioria dos infetados na segunda vaga de covid-19.

Chamada 501.V2, a variante foi detetada pela primeira vez no Cabo Oriental nos últimos meses e, desde então, propagou-se a outras províncias sul-africanas.

O Ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize, negou na quinta-feira que houvesse qualquer prova de que a variante sul-africana era mais perigosa ou contagiosa do que a variante encontrada no Reino Unido, como sugerido esta semana pelo seu homólogo britânico, Matt Hancock.

Hancock disse na quarta-feira que uma segunda variante “mais contagiosa” do coronavírus ligado à África do Sul foi detetada na Grã-Bretanha, referindo-se a dois casos de pessoas que viajaram desde aquele país, e o Governo britânico impôs restrições de viagens à nação africana.

“Não há provas de que a variante sul-africana seja mais patogénica do que a variante britânica”, disse Mkhize, considerando que a restrição de viagens é “uma decisão infeliz” que “exigiria mais provas científicas do que as que estão atualmente disponíveis”.

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, decretou 14 novas restrições numa tentativa de travar a segunda vaga de covid-19 e advertiu que se estas não forem aplicadas “este será o último Natal para muitos sul-africanos”.

Quatro províncias lideram a segunda vaga: o Cabo Ocidental, onde se situa a Cidade do Cabo, o Cabo Oriental, KwaZulu Natal e Gauteng, onde se situa Joanesburgo – a maior cidade do país – e Pretória, a capital sul-africana.

A África do Sul tinha mantido as infeções sob controlo desde agosto, após alguns meses difíceis em que foi não só o grande epicentro da covid-19 em África, mas também a quinta nação do mundo a ser atingida pela pandemia.

Nos últimos meses, contudo, o número de novos casos por dia estava a crescer rapidamente, especialmente naquelas quatro províncias.

A África do Sul continua a ser de longe o país mais afetado pelo coronavírus em todo o continente africano.

África registou mais 550 mortes devido à covid-19, para um total de 61.432 óbitos, e 26.204 novos casos nas últimas 24 horas, um dos valores mais elevados desde o início da pandemia, segundo dados oficiais.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o continente africano regista agora 2.597.090 infetados e o número de recuperados nas últimas 24 horas foi de 20.239, para um total de 2.177.981.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.731.936 mortos resultantes de mais de 78,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.