“A hora é grave. É necessário manter a clareza do propósito. As dificuldades ultrapassam-se com medidas coordenadas e concretas”, defendem os administradores hospitalares em comunicado.
“A solução não pode ser limitada a medidas restritivas das liberdades individuais. É nossa responsabilidade reconhecer a diferença e comunicar de forma segmentada, promovendo comportamentos adequados por parte dos diferentes grupos populacionais”, defende a associação no comunicado.
Para a APAH, “o único instrumento que o sistema de saúde tem para controlar a pandemia – o rastreio ativo de contactos – deve ser, de uma vez por todas, capacitado em termos de meios humanos”, seguindo as instruções da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu de Controlo de Doenças.
Este reforço, defende, deve ser maximizado através do alargamento dos meios de diagnóstico.
Segundo a APAH, “os meios hospitalares devem ser coordenados, profissionalmente, em rede, considerando a ativação em larga escala de respostas alternativas ao internamento hospitalar, e operacionalidade permanente da resposta urgente/emergente”.
A associação alerta ainda para as condições de trabalho “tremendamente difíceis” dos profissionais de saúde, considerando que lhe é “devido apreço, gratidão e total solidariedade”.
“É nossa obrigação contribuir para que exerçam as suas funções com este nosso conforto”, sustentam os administradores hospitalares.
“Dentro de circunstâncias particulares, em cada organização estão profissionais a dar o seu melhor”, cabendo ao Ministério da Saúde “liderar a resposta à crise, garantindo tranquilidade à população, e coordenação e ativação de meios no terreno”, advoga a APAH.
“Compete a todos nós trabalhar ativamente para que esta difícil etapa seja ultrapassada com o menor número de vítimas”, afirmam.
Segundo dados da Direção-Geral da Saúde, Portugal ultrapassou na segunda-feira os 5.000 mil internamentos por covid-19, dia em que estavam internadas 5.165 pessoas em enfermaria devido à covid-19 e 664 em unidades de cuidados intensivos.
Em Portugal, já morreram 9.028 pessoas dos 556.503 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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