O ministro confirmou que o levantamento da obrigação de quarentena durante duas semanas a todas as pessoas chegadas do estrangeiro para conter a pandemia de COVID-19 no Reino Unido foi autorizado pelas autoridades sanitárias.
“O Centro de Biosegurança Conjunto, em consulta estreita com a Public Health England e o diretor geral de Saúde, desenvolveu uma categorização de países e territórios a partir dos quais é considerado um risco menor, do ponto de vista da saúde pública, para os passageiros que entram no Reino Unido, sem uma exigência de auto-isolamento de 14 dias”, adiantou, num comunicado.
A lista dos países tem como fatores não só a prevalência de coronavírus nos respetivos países, mas sobretudo o número de novos casos e a trajetória potencial nas próximas semanas da doença no país.
"Essa categorização informará as decisões ministeriais sobre a flexibilização das atuais medidas na fronteira”, explicou, adiando o anúncio para outro dia desta semana, sem especificar qual.
"Anunciarei mais detalhes, incluindo uma lista completa dos países e territórios dos quais os passageiros que chegarem serão isentos dos requisitos de auto-isolamento no final desta semana", refere.
Desde 08 de junho que todas as pessoas que chegam do estrangeiro ao Reino Unido, incluindo britânicos, são obrigadas a permanecer em isolamento durante 14 dias para conter a pandemia COVID-19 no país.
Caso não respeitem a quarentena, incorrem numa multa de cerca de 1.000 euros.
O ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, afirmou na semana passada que a lista de países com os primeiros ‘corredores’ seria revelada hoje, mas o jornal Daily Telegraph adiantou que poderá acontecer só na quarta-feira.
A BBC noticiou no sábado que o Reino Unido vai abrir a 06 de julho corredores de viagem, que permitem aos turistas britânicos evitar a quarentena no regresso ao país, com um conjunto de países europeus.
A emissora precisa que a lista de países deve incluir Espanha, França, Grécia, Itália, Alemanha, Holanda, Bélgica, Finlândia, Noruega e Turquia, mas não Portugal ou a Suécia.
Os países serão agrupados e classificados com as cores dos semáforos para sinalizar os destinos mais e menos seguros.
O Reino Unido registou até hoje 43,575 mortes (em 311.151 casos de infeção) durante a pandemia covid-19, o maior número na Europa e o terceiro maior no mundo, atrás dos EUA e Brasil.
A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 501 mil mortos e infetou mais de 10,16 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.568 pessoas das 41.912 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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