António Costa foi confrontado com este tema pelos jornalistas após ter sido recebido pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, mas não quis pronunciar-se de forma pormenorizada sobre o assunto.

“Fora de Portugal não falo sobre problemas nacionais, mesmo quando são graves. Hoje, estão a decorrer várias reuniões de trabalho no Ministério da Saúde para responder a esses problemas. O Governo está a trabalhar”, respondeu o líder do executivo, não tendo adiantado mais nada sobre esta questão.

A ministra da Saúde, Marta Temido, começou ao início da tarde as reuniões com os sindicatos e a Ordem dos Médicos, na sequência do encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia em alguns hospitais na região de Lisboa.

Durante a manhã, a ministra da Saúde esteve reunida como diretores clínicos de vários hospitais da região de Lisboa, disse à Lusa fonte do Ministério da Saúde.

A reunião ocorreu nas instalações da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), na Avenida Estados Unidos da América, em Lisboa e à saída Marta Temido não quis prestar declarações.

A reunião com a Ordem dos Médicos, os sindicatos e as administrações regionais de saúde está a decorrer no Ministério da Saúde, em Lisboa.

À entrada para a reunião na ARSLVT, em Lisboa, Marta Temido não quis prestar comentários aos jornalistas, afirmando apenas: “Trabalhar…trabalhar… não há quaisquer comentários neste momento”.

Na sexta-feira, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo alertou para constrangimentos no funcionamento dos serviços de obstetrícia e ginecologia, até hoje, em vários hospitais na região de Lisboa.

Nesse dia, foi noticiado o caso de uma grávida que perdeu o bebé alegadamente por falta de obstetras no hospital das Caldas da Rainha, o que levou o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste a abrir um inquérito e a participar a situação participando à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

A ARSLVT referiu hoje que, até ao final do dia de hoje, “haverá períodos em que alguns hospitais estarão a funcionar com limitações, ou seja, a desviar a sua urgência externa de Obstetrícia/Ginecologia para outras unidades da Região, que assegurarão a resposta do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.

Entre 10 e 12 de junho foram efetuados 192 partos nas 13 maternidades da região, adianta, apelando “à compreensão dos utentes” e lamentando, desde já, o constrangimento que, apesar de todos os meios disponibilizados, disse não ter sido possível ultrapassar.