O novo posto vai ficar no Fórum de Macau e "permite receber mais de mil pessoas" e manter a "distância de um metro para serem observados", disse a coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde.

Em 20 de fevereiro, o Governo de Macau decidiu que visitantes considerados de risco e provenientes de áreas onde exista uma alta incidência da epidemia do novo coronavírus, detetado na China em dezembro passado, seriam encaminhados para observação médica em dois postos, o do Campo dos Operários, junto à fronteira das Portas do Cerco, no norte do território, e o do Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa.

O novo posto no Fórum de Macau vai substituir, a partir de quinta-feira, o do Campo dos Operários, indicou Leong Iek Hou, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Só na terça-feira "mais de três mil pessoas já passaram pela inspeção médica" nos dois postos, sublinhou a responsável, para explicar a necessidade de um novo posto para receber mais pessoas.

"As medidas de prevenção e de exames médicos são ajustadas consoante a situação epidémica", salientou.

O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) indicou, na terça-feira, ter encaminhado 1.616 e 2.003 pessoas para os postos de observação no Campo dos Operários e no Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa, respetivamente.

No âmbito das medidas de prevenção da epidemia de Covid-19, estas pessoas são submetidas a exames médicos, com uma duração de entre seis e oito horas e pelo menos uma vez a cada duas horas são avaliados através da medição da temperatura corporal, consulta médica e exame físico.

"Ontem [terça-feira] registámos 61 mil entradas e saídas, mais 1.100 do que no dia anterior", indicou o CPSP, lembrando que nesta fase é "crucial evitar passagens na fronteira para evitar a propagação vírus".

Há 29 dias sem casos novos, Macau registou 10 doentes de Covid-19, sendo que apenas um permanece internado.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas, em cerca de 70 países e territórios, incluindo cinco em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco "muito elevado".