23 de agosto de 2013 - 16h55
O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde disse hoje que a concentração das especialidades de oftalmologia e psiquiatria, em Lisboa, avança em setembro e outubro, e negou o encerramento de serviços de urgência na capital.
"Apenas durante o período noturno, ou seja, entre as 20:00 e as 08:00, vamos assistir, durante setembro e outubro, à concentração progressiva de mais algumas especialidades. As primeiras serão oftalmologia e a psiquiatria", afirmou à agência Lusa o secretário de secretário de Estado Fernando Leal da Costa, após a inauguração de uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados, em Alenquer.
O secretário de Estado adjunto da Saúde esclareceu que o que está a decorrer é um processo de reorganização das especialidades associadas a serviços de urgências hospitalares, o qual começou há mais de um ano, com a centralização do serviços de otorrinolaringologia.
"Houve alguma confusão na maneira como a mensagem acabou por ser transmitida, não por responsabilidade do Ministério da Saúde, e criou-se a ideia de que existiria apenas um serviço de urgência em toda a zona metropolitana de Lisboa. Isso é falso, não vai acontecer. Não vamos encerrar nenhum serviço de urgência na zona de Lisboa", assegurou Leal da Costa.
O governante explicou que o Hospital de Santa Maria e o Hospital de São José (em Lisboa) vão manter a sua urgência a funcionar 24 sobre 24 horas.
"Apenas especificamente, como já acontece para a especialidade de otorrino, a partir de setembro, passaremos a ter uma urgência alternativa para cirurgia oftalmológica", frisou o secretário de Estado adjunto.
Quanto à especialidade de psiquiatria, Leal da Costa sublinhou que se vai "manter um psiquiatra a funcionar no Hospital de Santa Maria e outro no Hospital de São José", por haver, em conjunto com os psiquiatras, "uma reorganização da escala com a participação de médicos que vêm de outros hospitais".
A partir de novembro e dezembro, segundo o governante, pode ocorrer a concentração de mais algumas especialidades, dependendo da conclusão de alguns estudos que estão a ser realizados.
De acordo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, as especialidades que, a partir de setembro, serão concentradas na urgência metropolitana serão Otorrino, Oftalmologia, Cirurgia Plástica/Maxilofacial, Urologia, Cirurgia Vascular, Neurologia, Psiquiatria e Gastroenterologia.
Fernando Leal da Costa assegurou que a população não vai sentir as alterações.
"Os utentes continuarão a ir ao hospital onde sempre foram, continuarão a ser transportados, quando for caso disso, pelos serviços de emergência para o hospital competente e os serviços continuarão a ser capazes de responder necessidades de serviços de urgência na cidade de Lisboa", vincou o governante.
O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde salientou que a reorganização "se aplica à cidade de Lisboa e à necessidade, de um ou outro hospital em torno de Lisboa, que já não tem essa urgência, mas que têm especialistas, poderem vir a colaborar nas escalas".
Lusa