“É de destacar que 65% das doentes foram tratadas sem necessidade de mastectomia total, assegurando a preservação da mama e da autoimagem corporal”, salientou hoje Joaquim Abreu de Sousa, coordenador da Clínica da Mama e diretor do Serviço de Cirurgia do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto.

O responsável falava a propósito do Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama que se assinala na quarta-feira e no âmbito de um encontro europeu, a decorrer hoje e na terça-feira, destinado a médicos especialistas em oncologia de toda a Europa.

Sobreviventes de cancro da mama mostram as suas cicatrizes em sessão de fotos intimista
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Os dados divulgados à Lusa “evidenciam a importância do diagnóstico precoce e da constante aposta do instituto na sensibilização e alerta para a prevenção e tratamento com elevados padrões de qualidade”, considerou.

Outro aspeto destacado por Joaquim Abreu de Sousa foi “a importante atividade de investigação clínica desenvolvida na Clínica de Mama do IPO-Porto”, que permite “o acesso gratuito das doentes a terapêuticas inovadoras, o que têm contribuído para o aumento progressivo das taxas de sobrevivência observadas no cancro de mama”.

Segundo o oncologista, “em 2018, cerca de 300 doentes foram incluídos em ensaios clínicos com medicamentos inovadores. Inclusive, em dois estudos multicêntricos o IPO-Porto foi o maior recrutador a nível internacional”.

A Clínica de Mama do IPO-Porto foi fundada em 2007, detendo atualmente cerca de 12 mil doentes em seguimento.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres em todo o mundo.

Em Portugal, são detetados anualmente cerca de 6.000 novos casos desta doença.

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele), e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher.