20 de maio de 2013 - 09h40
As cirurgias programadas do hospital das Caldas da Rainha estão a partir de hoje suspensas até que seja reparado o ar condicionado do bloco operatório, onde cirurgiões e anestesistas se recusam a trabalhar devido às elevadas temperaturas.
“Face ao aumento da temperatura atmosférica e ao não funcionamento do ar condicionado, o bloco operatório transformou-se numa ‘cabine de sauna’ que tem martirizado quem lá trabalha, pondo também em causa a segurança de doentes e profissionais”, explicam os médicos numa carta em que anunciam a suspensão da atividade cirúrgica a partir de hoje.
Na carta enviada à diretora clínica do Centro Hospitalar do Oeste (de que o hospital das Caldas da Rainha faz parte), cirurgiões e anestesistas recordam que ar condicionado se encontra avariado “há cerca de um ano” e que já no verão do ano passado foram “obrigados a suspender a atividade cirúrgica programada durante algumas semanas”.
A atividade acabou por ser retomada após ter sido efetuada uma reparação, mas, segundo o cirurgião Pedro Coito, a situação não foi resolvida: “Temos dias de ter na sala 38 graus, o que, além de aumentar os riscos, torna impossível o trabalho dos profissionais”.
Até que o ar condicionado esteja a funcionar, “no bloco operatório será apenas feitas cirurgias de urgência”, podendo algumas intervenções programadas ser transferidas para “o hospital de Alcobaça onde funciona a cirurgia de ambulatório”, ou seja, cirurgias que não implicam o internamento dos doentes.
Lusa