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Tabela de correspondências entre atividade cerebral e objetos ou temas padroniza tipo de sonhos
5 de abril de 2013 - 11h43
Uma equipa de cientistas japoneses anunciou ter conseguido decifrar parcialmente o conteúdo dos sonhos, uma experiência intrigante que consideram útil para a análise do estado psíquico, compreensão das doenças psicológicas e até mesmo para o controlo de equipamentos através do pensamento.
Há muito tempo que os humanos se interessam pelos sonhos e pelos seus significados, mas até hoje apenas quem sonhava conhecia o conteúdo do seu sonho.
Cientistas do laboratório de Yukiyasu Kamitani, do Instituto Internacional de Pesquisas de Telecomunicações Avançadas, de Quioto, criaram um mecanismo que decodifica as imagens que uma pessoa observa durante o sono.
Os investigadores registraram repetidas vezes a atividade cerebral de três pessoas durante o sonho. Quando aparecia no monitor de análises um sinal correspondente a uma fase de sonho, os cientistas despertavam os voluntários e perguntavam que imagens tinham acabado de ver. A operação foi repetida mais de 200 vezes por pessoa.
Este exercício permitiu criar uma tabela de correspondências entre a atividade cerebral e objetos ou temas de diversas categorias (alimentos, livros, personalidades, móveis, veículos, etc.) observados nos sonhos: uma espécie de léxico que associa um sinal cerebral a uma imagem.
Uma vez criada esta base de dados, a exploração da atividade cerebral por meio de ressonância magnética permitiu saber que imagens as pessoas viam durante os sonhos, graças ao registo dos sinais característicos.
Em 60 a 70% dos casos, o prognóstico teve uma correspondência acertada.
SAPO Saúde com AFP
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