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A infeção bacteriana é hereditária e pode ser transmitida até 34 gerações de mosquitos
10 de maio de 2013 - 09h23
Cientistas norte-americanos descobriram uma forma de infetar os mosquitos a fim de quebrar a cadeia de transmissão de malária, de acordo com a investigação publicada hoje na revista Science.
Uma abordagem semelhante ajudou a combater o dengue em algumas regiões e os investigadores acreditam que a técnica pode apontar uma solução para a redução da malária nos mosquitos mais comuns no Médio Oriente e no sul da Ásia.
A infeção bacteriana é hereditária, sustentam, e, por isso, pode ser transmitida até 34 gerações de mosquitos, tornando-os assim imunes ao parasita da malária.
Os especialistas do Instituto Nacional de Saúde injetaram Wolbachia, uma bactéria comum em insetos, em embriões de mosquitos Anopheles (mosquitos transmissores de malária), que depois cruzaram com machos não infetados.
A infeção prolongou-se durante 34 gerações de mosquitos, altura em que o estudo foi concluído e, por isso, permanece desconhecido por quanto tempo a infeção bacteriana se transmite.
Os investigadores também tentaram introduzir a infeção bacteriológica num pequeno número de mosquitos adultos e, durante oito gerações, todos os mosquitos estavam infetados com o bloqueador de malária.
Esta situação demonstra “o potencial da infeção com a bactéria Wolbachia, é uma estratégia para o controlo da malária”, que todos os anos mata cerca de 660.000 pessoas em todo o mundo.
Lusa
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