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Antes de ser implantada, a orelha é depositada vários dias numa incubadora com células vivas
21 de fevereiro de 2013 – 09h59
Médicos e bioengenheiros anunciaram na quarta-feira, nos Estados Unidos, ter conseguido produzir, graças à tecnologia 3D, orelhas humanas artificiais feitas com cartilagem que parecem naturais e que são eficazes.
Estas orelhas podem tornar-se na solução que a cirurgia de reconstrução procurava para crianças que nascem com microtia, uma má-formação, defende Jason Spector, diretor do laboratório médico biorregenerador e professor adjunto de Cirurgia Estética da Universidade Cornell, em Nova Iorque, um dos autores do estudo.
"As pessoas que perderam parte ou a totalidade da orelha num acidente ou como consequência de um cancro também podem beneficiar desta tecnologia", assegurou.
Lawrence Bonassar, professor de Engenharia Biomética no mesmo centro universitário, e a sua equipa começaram a trabalhar com uma imagem digital em 3D de uma orelha humana. Conseguiram torná-la numa orelha real com a ajuda de uma impressora tridimensional que lhes forneceu um molde, no qual introduziram um gel muito denso de células vivas que serviu de "andaime" para que a cartilagem se desenvolvesse.
Em três meses, as orelhas geraram cartilagem suficiente para substituir o colagénio usado para fazer o molde, explicaram os cientistas, cujo estudo foi publicado na revista científcia PLOS ONE.
Antes de ser implantada no doente, a orelha artificial é depositada vários dias numa incubadora com células vivas.
SAPO Saúde com AFP
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