O local do cultivo foi mantido em sigilo e conta com um forte dispositivo de segurança, de barreira dupla: primeiro, uma cerca elétrica, e depois, arame farpado.
"Este é o primeiro cultivo medicinal autorizado da América Latina", disse, na cerimónia de lançamento da iniciativa, Ana Maria Gazmuri, presidente da Fundação Daya, dedicada à promoção do uso medicinal da erva.
"Estamos a fazer História no alívio dos que sofrem", acrescentou Gazmuri, cita a agência France Presse.
O prefeito de La Florida, Rodolfo Carter, e Gazmuri encarregaram-se de colocar as sementes em uma bolsa hermética de plástico, envoltas em papel de cozinha húmido para fazê-las germinar nos próximos dois dias.
Em seguida, serão transplantadas para jardineiras, e os exemplares mais vigorosos serão selecionados para serem replantá-los.
Na região, o Uruguai aprovou em dezembro uma lei que regulamenta o mercado desta droga, tornando-se no primeiro país do mundo em que o Estado controla a produção, a venda e o consumo da droga, embora a iniciativa ainda esteja em fase de implementação.
Estudo clínico
A primeira colheita no município chileno é aguardada para abril e um mês depois deve ser feita a distribuição de um óleo especial com extrato de canábis para 200 pacientes oncológicos, previamente inscritos e selecionados no programa, que o receberão gratuitamente.
Os utilizadores serão submetidos a um estudo clínico para apurar os eventuais benefícios da terapia.
Porém, a legislação do Chile considera ainda a canábis uma droga pesada. O governo da presidente socialista Michelle Bachelet comprometeu-se entretanto a rever os estatutos das drogas leves e pesadas.
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