"Incrível, aprovado", declarou o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Antonio Nuñoz, depois de um intenso debate que terminou com a aprovação pela maioria do projeto de lei do governo da presidente socialista Michelle Bachelet.
Cada parte do projeto foi votada em separado. No caso de risco de morte para a mãe, foi aprovado por 67 votos a favor e 47 contra; o de inviabilidade fetal, por 62 a favor e 46 contra; e o mais polémico, o da gravidez por violação, por 59 votos contra 47.
Até 1989 e durante mais de 50 anos, o aborto era apenas permitido em situações de risco de morte da mãe ou inviabilidade do feto.
Antes de deixar o poder, porém, o ex-ditador Augusto Pinochet proibiu a decisão, que se manteve inalterada até hoje, devido à pressão da Igreja católica e de grupos conservadores.
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