Em comunicado, a ARS-N explica estar em causa um investimento calculado de 1,5 milhões de euros para remodelar “parte das instalações abandonadas da antiga Escola do Básica e Secundária do Cerco” e para a dotar do equipamento necessário.

De acordo com o projeto aprovado, que vai ser financiado em 85% por fundos comunitários e que tem a “conclusão da obra prevista para final de 2018”, as futuras instalações vão acolher a atual Unidade de Saúde Familiar (USF) “Novo Sentido”, que funciona num espaço “exíguo e desadequado”.

A ARS-N revela que a futura Unidade de Saúde do Cerco vai incluir dois módulos: um de Cuidados na Comunidade (com três gabinetes médicos, um polivalente e um de enfermagem) e outro de Saúde Familiar (nove gabinetes médicos, três de enfermagem, duas salas de tratamento, dois gabinetes de vacinas e injetáveis e quatro gabinetes de saúde maternoinfantil).

Segundo a ARS-N, a USF “Novo Sentido” funciona “até agora em instalações exíguas e de acessibilidade desadequadas ao fim a que se destinam, nomeadamente no que respeita a pessoas de mobilidade reduzida ou portadoras de deficiência motora permanente”.

Com a empreitada lançada na terça-feira através da publicação em Diário da República, e cujo prazo de execução é de 270 dias, esta USF “vai poder, a breve prazo, ser transferida para as novas instalações”.

A ARSN assinala que tal se deve ao “compromisso financeiro assumido pelo Governo em Diário da República”, resultante de um protocolo “outrora celebrado com a Câmara do Porto”.

Este acordo tinha entre os “principais objetivos” dotar a população e os profissionais “com um equipamento moderno, humanizado e devidamente equipado”, que pudesse também “responder às reais necessidades”.

Em causa está a população servida pela USF “Novo Sentido” e a antiga Extensão de Saúde do Ilhéu, o equivalente a “14.000 utentes, aproximadamente”.

Outra das intenções do protocolo era “transformar parte das instalações abandonadas da antiga Escola do Cerco e contribuir para a qualificação da zona oriental da cidade”.

“Desta forma dar-se-á mais um passo para a concretização da Carta de Equipamentos de Saúde da cidade do Porto e para a melhoria da prestação de cuidados, numa cidade onde quase todos os inscritos têm a sua Equipa de Saúde familiar”, assinala a ARS-N.