Perto de cinco milhões de crianças nasceram em todo o mundo por fertilização in vitro (FIV) desde o nascimento em 1978 de Louise Brown, o primeiro bebé proveta.
Estes dados serão hoje divulgados, durante a 28.ª reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e de Embriologia (ESHRE), que começou ontem em Istambul (Turquia) e se prolonga até quarta-feira, segundo a agência France Press.
Segundo a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e de Embriologia (ESHRE), perto de 350 000 crianças são concebidas por ano através daquela técnica de fertilização, o que representa 0,3 por cento dos 130 milhões de bebés que nascem no mundo.
A estimativa de cinco milhões de nascimentos por FIV, desde 1978, baseia-se no número de nascimentos através desta técnica referenciados em todo o mundo até 2008, e em projeções para os três anos e meio seguintes já que para este período não existem estatísticas disponíveis.
A FIV é uma fecundação feita fora do corpo da mulher, em laboratório, razão por que as crianças nascidas desta técnica são designadas como bebés proveta.
Objeto de polémica na fase inicial, a reprodução medicamente assistida surgiu, ao longo dos anos, como um tratamento eficaz para muitos casais inférteis.
“As técnicas têm melhorado significativamente ao longo dos anos, com taxas mais elevadas de gravidez”, observa o médico David Adamson, presidente do Comité Internacional de Vigilância da Reprodução Medicamente Assistida (RMA).
“Trata-se de bebés que nascem tão saudáveis como os de pais inférteis que cnasceram de forma espontânea”, refere David Adamson, presidente do Comité Internacional para a Vigilância da Reprodução Medicamente Assistida.
Para Simon Fishel, um especialista britânico em fertilidade, a existência de cinco milhões de bebés proveta “justifica todas as batalhas legais e morais, os debates éticos e a aprovação pela sociedade, obtida após grande luta”.
Segundo os dados a revelar em Istambul, perto de 1,5 milhões de FIV em sentido lato (incluindo a técnica da micro-injeção direta de um espermatozóide no ovócito) é praticada anualmente no mundo, dos quais um terço na Europa.
A ESHRE está também a encetar esforços para evitar gestações múltiplas, utilizando menos embriões na Europa e cada vez mais um único embrião.
O número de trigémeos nascidos através de fertilização in vitro caiu menos de um por cento e o de gémeos perto de 20 por cento.
02 de julho de 2012
@Lusa
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