“Nas últimas semanas, os sinais de transmissão do SARS-CoV-2 [responsável pela covid-19] aumentaram em relação aos níveis anteriormente muito baixos na UE/EEE”, alerta a agência europeia, em comunicado.
Em agosto, salienta o ECDC, foram ainda notificadas deteções esporádicas de uma sub-estirpe do Ómicron que é “altamente divergente das estirpes de SARS-CoV-2”, o que causa “preocupações quanto a um aumento das reinfecções se ultrapassar as variantes existentes”.
O ECDC refere que as grandes concentrações de pessoas e o aumento das viagens nas férias sazonais, bem como a diminuição dos níveis de proteção imunológica contra a infeção na população, contribuem para o aumento dos indicadores epidemiológicos.
O centro recomenda que as autoridades de saúde nacionais, na altura em que começam as campanhas de vacinação, se centrem nos fatores que anteriormente impediram a adesão às vacinas da covid-19.
Na quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tinha já manifestado inquietação com as “tendências preocupantes” relativamente à covid-19, com a aproximação do inverno no hemisfério norte, apelando à vacinação e à vigilância sobre o vírus.
Apesar de não existir atualmente uma variante dominante no mundo, a sub-variante da Ómicron EG.5 está em ascensão, precisou o diretor-geral da OMS.
Em Portugal o uso de máscara voltou a ser obrigatório no internamento nos hospitais Santa Maria e Pulido Valente, na sequência do aumento do número de casos de covid-19, para interromper possíveis cadeias de transmissão da doença, segundo um responsável hospitalar.
O último relatório da Resposta sazonal em saúde – Vigilância e Monitorização da DGS regista um aumento de novos casos notificados a sete dias de infeção por SARS-CoV-2, com 31 casos por 100.000 habitantes na semana 33 (31/07/2023 a 20/08/2023), mais 35% em relação à semana anterior.
A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado em finais de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.
A doença foi classificada como pandemia em 11 de março de 2020 e em maio de 2023 deixou de ser uma emergência de saúde pública internacional.
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