A medida foi divulgada entre os funcionários através de um documento interno, a que tiveram acesso vários meios de comunicação.

A decisão que levou à sua criação foi tomada depois de, na semana passada, pelo menos duas pessoas do círculo próximo de Donald Trump terem acusado positivo ao novo coronavírus: um seu assistente pessoal e a porta-voz do vice-presidente.

“Determina-se que quem entrar na Ala Oeste use uma máscara ou alguma forma de cobertura facial”, indica o documento, citado pelo diário The Wall Street Journal.

A Ala Oeste é a parte do edifício onde está a residência presidencial, incluindo a Sala Oval, que é o gabinete de trabalho do Presidente, alguma salas de reunião e a sala da imprensa, além do espaço de trabalho dos jornalistas.

A maior parte dos funcionários da Casa Branca trabalha fora da Ala Oeste, em um edifício cinzento, designado Eisenhower, ao lado da histórica mansão.

“A não ser que precisem perentoriamente de entrar na Ala Oeste, por razões de trabalho, pedimos-vos respeitosamente que evitem deslocações desnecessárias”, acrescentou-se no documento.

A diretiva permite que os funcionários retirem a máscara quando estejam sentados às suas secretárias, sempre que consigam manter uma distância de 1,8 metros em relação a outros, o que nem sempre é possível na compacta Ala Oeste.

Segundo o Washington Post, não se espera que a norma se aplique ao próprio Trump, que até agora nunca apareceu com máscara e garante que não tem necessidade de a usar, uma vez que lhe fazem o teste do novo coronavírus quase todos os dias.

Os contágios com o novo coronavírus no círculo presidencial provocaram que o vice-presidente, Mike Pence, dirigisse uma reunião a partir de uma sala isolada

Esta situação acontece quando, de forma paradoxal, a Casa Branca insiste na necessidade de reabrir a economia e garante que é seguro voltar ao trabalho.