12 de junho de 2013 - 10h22
Os adultos que sobreviveram a um cancro durante a infância têm mais probabilidade de desenvolver doenças crónicas, revelou um estudo publicado na terça-feira no Journal of the American Medical Association (JAMA).
A análise, realizada num universo de 1.700 adultos que ultrapassam um cancro durante a infância, diagnosticados e tratados entre 1962 e 2001, revela uma prevalência de doenças crónicas acumuladas de 95,5% aos 45 anos e de 93,5% aos 35 anos.
Aos 45 anos, 80,5% sofriam de uma doença relacionada com algum tipo de incapacidade.
Os pesquisadores do Hospital Infantil Saint Jude, no Tennessee, e da Faculdade de Medicina da Universidade do Tennessee constataram que os problemas observados mais frequentemente se relacionavam com as funções pulmonares, auditivas, do sistema glandular, de reprodução, neurocerebral e cardíaco.

Aos 50 anos, 81,3% sofriam de mau funcionamento pulmonar, 86,5% de surdez, 76,8% de mau funcionamento da hipófise - a glândula que desempenha um papel-chave no sistema endócrino - e 21,6% de cardiopatia, como resultado da diminuição da alimentação sanguínea do coração por obstrução dos vasos.

Entre os problemas cardíacos, 83,5% dos casos estavam relacionados com as válvulas cardíacas.
No caso das mulheres, 31,9% sofriam de uma deficiência nos ovários, e 40,9% desenvolveram cancro de mama, acrescentaram os autores da pesquisa, escreve a agência France Presse.
As anomalias hepáticas, do esqueleto e dos rins eram menos frequentes com uma taxa inferior a 20% no grupo estudado.
SAPO Saúde com AFP