Em declarações à agência Lusa, o dirigente Vitor Veloso reconheceu que este ano, porque muitas das outras iniciativas que a Liga organizava não podem decorrer por causa da pandemia de covid-19, o apoio aos doentes e famílias está muito mais dependente do peditório nacional, que no ano passado angariou cerca de três milhões de euros.

“É um dos aspetos mais importantes na angariação de fundos que a Liga promove, fundamental para sobrevivência e para as ações que desenvolvemos de apoio a doentes oncológicos e famílias ao longo do ano, além da área da investigação”, afirmou Vitor Veloso, lembrando que os pedidos de apoio cresceram 40% e que as consultas de psico-oncologia duplicaram.

O responsável reconhece que este ano o peditório nacional é um desafio ainda maior pois “a pandemia pode fazer com que as pessoas, sobretudo as mais idosas, tenham algum receio em aderir”.

Para angariar voluntários mais novos a LPCC tem a decorrer uma campanha que lembra a importância do apoio a estes doentes e garante a proteção necessária tanto de quem estará na rua, a recolher donativos, como de quem dá.

“O peditório é sempre difícil de realizar e este ano vai ser mais difícil, por isso estamos a tentar, com êxito, recrutar elementos mais jovens das universidades e dotar as equipas de todos os cuidados sanitários, que são muito exigentes e permitem que façam o peditório sem qualquer tipo de perigo”, acrescentou.

A campanha do ano passado envolveu cerca de 20.000 voluntários e angariou cerca de três milhões de euros, uma verba necessária para o apoio que a LPCC dá aos doentes oncológicos e suas famílias, não só a nível dos rastreios, mas ajudas financeiras para pagamentos de rendas, transportes, alimentação e medicamentos, que este ano cresceram 40%.

“Sabemos que estamos a assistir a crise económico financeira muito grande e isso pode impedir algumas pessoas de darem o seu donativo. Mas apelamos mais uma vez ao espírito de generosidade dos portugueses e estamos confiantes de que a população sabe as instituições que trabalham bem, como a Liga, cujos corpos sociais são todos voluntários”, disse o responsável.

O dirigente da região Norte da LPCC explicou que a organização tem colmatado as falhas que ao nível do apoio social têm “falhado redondamente”

“Há casos, que ajudamos, em que a única pessoa que trabalha no agregado familiar é o doente oncológico”, contou o responsável, sublinhando o rigor com que as verbas angariadas são aplicadas: “Todo o cêntimo é contabilizado e usado em prol dos doentes oncológicos e seus familiares”.

O peditório nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro vai decorrer entre os dias 29 de outubro e 02 de novembro.

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