De acordo com dados da Direção Nacional de Saúde reunidos hoje pela Lusa, há uma semana o arquipélago contava com 14 casos ativos da doença, que já então era um dos registos mais baixos desde o início da pandemia no país.

O anterior óbito associado à covid-19 no arquipélago aconteceu em 22 de fevereiro e em todo o mês anterior registaram-se cinco mortos, tantos como praticamente num único dia em janeiro, no pico da pandemia.

Desde o início da pandemia de covid-19 em Cabo Verde, em março de 2020, o arquipélago já registou 401 mortes por complicações associadas à doença, e conta hoje com um acumulado de 55.907 casos positivos, dos quais 55.453 foram considerados recuperados, tendo um caso ativo, quando no pico da pandemia, em janeiro, chegaram a ser mais de 7.000.

Cabo Verde atingiu um recorde diário de cerca de 1.400 novos infetados com o novo coronavírus num único dia em janeiro, já com a nova variante Ómicron a circular no arquipélago, mas a situação melhorou rapidamente a partir da segunda semana de janeiro.

Cabo Verde voltou em 06 de março à situação de alerta, o menos grave de três níveis, mantendo atualmente um nível “mínimo” de restrições devido à pandemia de covid-19, deixando de ser obrigatório a utilização de máscara na via pública.

A medida, que vai vigorar por 30 dias, resultou da “avaliação positiva” da Direção Nacional de Saúde à situação epidemiológica do país, segundo anunciou anteriormente a ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Filomena Gonçalves.

“Permite confirmar a tendência de estabilização da pandemia de covid-19 em Cabo Verde”, afirmou a governante.

Deixou de ser obrigatória a utilização de máscara na via pública, mas mantém-se a sua obrigatoriedade nos espaços fechados de atendimento público, exceto em discotecas.

Deixou também de ser exigida a apresentação de certificado de vacinação ou de teste negativo no acesso a restaurantes e bares, mas continua a ser necessária essa apresentação para aceder a discotecas e locais de diversão noturna, bem como nas viagens interilhas e internacionais.

Todo o país estava em situação de alerta – o nível menos grave de três previstos na lei que estabelece as bases da Proteção Civil — desde 28 de outubro de 2021, mas o aumento exponencial de novos casos de covid-19 após o período do Natal, e quando registava um Rt de 2,52, levou o Governo a aumentar um nível no final do ano (para situação de contingência, em que permanece ainda), apertando as regras, desde logo com a proibição de festas de passagem de ano na rua ou limitando as festas privadas, além do regresso ao uso obrigatório de máscaras na via pública.