O número de mortes foi quatro vezes maior do que em 2021, quando foram registados 246 óbitos pela doença, transmitida pela picada do mosquito ‘Aedes aegypti’.
O número de mortes por dengue no país pode ser maior, já que outros 631 casos estão sob investigação das autoridades de saúde, segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
Acresce que faltam ainda os dados das últimas duas semanas de dezembro, uma vez que o documento tem em conta os casos ocorridos somente até à 50.ª semana (17 de dezembro).
Os dados indicam que no período considerado foram confirmados 1.433 casos graves e outros 17.760 foram identificados como casos de dengue “com sinais de alarme”.
Os estados com maior número de óbitos pela doença foram São Paulo, com 278 óbitos; Goiás (154); Paraná (108); Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).
Trata-se do maior número registado desde 2015, quando 986 pessoas morreram em consequência da doença.
Neste ano, foram registados 1,4 milhões de casos de dengue no Brasil, um aumento de 163,8% em relação a 2021, segundo o Ministério da Saúde.
Brasília, com mais de 68.600 pessoas infetadas, é a cidade onde a doença foi mais notificada este ano.
Para conter infeções, o Instituto Butantan de São Paulo, uma das mais prestigiadas instituições de pesquisa médica do país, desenvolveu uma vacina no Brasil que apresentou uma eficácia média de 79,6% na fase três dos ensaios clínicos.
Os resultados, apresentados em meados de dezembro, após dois anos de análise, mostraram que não houve casos graves de dengue entre os participantes no ensaio clínico.
A vacina do Butantan foi desenvolvida para atuar contra os quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), embora no período do estudo a eficácia só tenha sido verificada com os dois primeiros tipos, pois eram os que circulavam no Brasil naquela época.
Os ensaios de fase três continuarão até que os dados completos de eficácia sejam obtidos com os quatro sorotipos.
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