Em comunicado enviado hoje à Lusa, o Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), autor do estudo, revela que daqueles 27,64% precisaram de nova consulta e 4,73% tiveram mesmo que parar o tratamento.
"Os resultados de Braga surgem acima da média nacional (52,20%, declararam dificuldades no acesso à medicação prescrita). Na análise, as regiões mais desertificadas e economicamente mais desfavorecidas do interior do país são as que registam mais ocorrências deste tipo. Nos distritos de Beja e Guarda a percentagem chega quase aos 70% (68,22% e 67,30%, respetivamente)", lê-se.
O mesmo estudo conclui que a falta de medicamentos "nunca afetou tanto" os portugueses: 3,4 milhões depararam-se com este problema e 371 milhões (5,70%) foram forçados a interromper a terapêutica.
Segundo o estudo, a "indisponibilidade de medicamentos levou ainda 1,4 milhões (21,50%) de utentes a recorrer a consulta médica para alterar a prescrição", sendo que o recurso a estas consultas causou "elevados custos quer para o sistema de saúde (35,3 milhões de euros a 43,8 milhões de euros), quer para o utente (2,1 milhões de euros a 4,4 milhões de euros).
Os inquéritos para o relatório sobre o "Impacto da Indisponibilidade do Medicamento no Cidadão e no Sistema de Saúde", da CEFAR, foram realizados na primeira semana de abril deste ano e contaram com a participação dos utentes de 2.097 farmácias em Portugal.
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