
Elaborado pela Rede Portuguesa de Aerobiologia (RPA) - um serviço da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) para a comunidade - “o Boletim Polínico pode ajudar os doentes alérgicos a estarem mais atentos e alerta sobre as épocas de polinização das plantas a que são alérgicos e, como tal, tomarem as devidas precauções e seguirem os conselhos dos imunoalergologistas que os acompanham na gestão da doença”, refere a bióloga Cláudia Penedos, da SPAIC.
Atualmente, com o nosso país a ser atingido pela depressão Martinho, a primavera vai começar com chuva, situação que, de acordo com a bióloga, “diminui a carga polínica no ar, devido ao efeito de ‘lavagem da atmosfera’ que é provocado pela precipitação. Porém, estas chuvas têm sido intercaladas com algumas abertas com sol, que têm feito com que a polinização ocorra e que, em certos dias/momentos, a concentração de pólen no ar possa atingir níveis moderados a elevados”.
Recomendações ao doente alérgico
No site da RPA é disponibilizado um campo de recomendações ao doente alérgico e também um campo de previsão polínica para várias regiões e tipos de pólen, respondendo aos limiares de pólen como baixo/moderado/elevado, tonando esta uma ferramenta importante de consulta.
Além das concentrações polínicas, o Boletim Polínico tem incluído também alguns alertas sobre a presença, cada vez mais regular, de poeiras na atmosfera.
Sobre este tema, Cláudia Penedos alerta para a influência que as poeiras podem ter no agravamento de doença alérgica: “estas poeiras são possíveis de ser detetadas nos nossos captadores polínicos e conseguimos confirmar que, de facto, a atmosfera fica bastante ‘suja’, vendo-se na nossa amostragem uma mistura de pólen, poeiras e outra poluição atmosférica, que muito provavelmente será ainda mais irritativa para os doentes que já tenham patologias respiratórias”.
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