Em comunicado, a Bial explica que, face ao aumento de 15% de vendas no ano passado, o volume de negócios desta empresa no mercado espanhol eleva-se para 60 milhões de euros.

Estes dados são suportados pelo ranking da IMS, consultora líder mundial na área da saúde que coloca a Bial na 44.ª posição no ranking da indústria farmacêutica em Espanha.

Na mesma nota, a Bial recorda que inaugurou em maio de 2012, em Bilbau, Espanha, a primeira unidade de Investigação & Desenvolvimento (I&D) e Industrial construída de raiz fora de território português, um projeto que, em infraestruturas, custou cerca de 12 milhões de euros.

Ainda de acordo com a farmacêutica portuguesa, dados do Ministério espanhol da Indústria mostram que a Bial ocupa a 26.ª posição no ranking das farmacêuticas internacionais que mais investem em Investigação & Desenvolvimento em Espanha.

"Um dos objetivos da nossa presença em Espanha era tornar a Bial uma das maiores farmacêuticas da Península Ibérica e esse objetivo está cumprido", refere o presidente executivo da Bial, António Portela, adjetivando o mercado espanhol como "um dos mais dinâmicos a nível mundial".

António Portela aponta que a presença da farmacêutica portuguesa em Espanha "tem sido uma experiência muito enriquecedora", uma vez que, defende o responsável, "Espanha é o mercado externo mais relevante" para a Bial.

"Queremos continuar a crescer e a desenvolver novos produtos, como a investigação em vacinas", avança o presidente executivo da Bial, empresa que está em Espanha desde 1998, tendo 260 colaboradores divididos entre a I&D, a fábrica de Bilbau e os escritórios instalados na capital espanhola, Madrid.

Ainda segundo a Bial, em Bilbau são produzidas anualmente 250 mil vacinas e testes de diagnóstico, existindo capacidade para atingir a produção de dois milhões de frascos de vacinas por ano.

Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Venezuela e Cuba são os principais mercados das vacinas produzidas em Bilbau, numa unidade que tem como base processos de biotecnologia e permite a investigação e produção de vacinas antialérgicas personalizadas, alergénios recombinantes, autovacinas, vacinas microbiológicas e diagnósticos in vivo e in vitro para alergias.

"O projeto integra as Boas Práticas de Produção (cGMP) e obedece aos requisitos das entidades regulamentares, nomeadamente da norte-americana FDA e da europeia EMA", conclui a nota da Bial.